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Ao elaborar estampas e tecidos com a simbologia Adinkra (conjunto de ideogramas típicos do Gana), Chrissa Amuah, designer multidisciplinar, enaltece as suas origens na Europa. Nascida em Londres na década de 1980 e com fortes raízes familiares em países da costa oeste africana, Chrissa explora a criatividade desde a infância, resultado da curiosidade inerente a essa fase de descobertas.
“Procuro mostrar que o design não precisa de ser apenas sobre tendência, mas pode falar sobre algo eterno e menos superficial, que evoque emoções positivas.”, partilhou Crissa Amauh na sua conta do Instagram.
A investigação dessas raízes teve início durante o mestrado em design têxtil, realizado no Chelsea College of Art & Design, da University of the Arts London, quando Chrissa percebeu que queria elaborar artigos capazes de exaltar os seus antepassados africanos, transmitindo os significados espirituais mais profundos das tradições e costumes daqueles lugares.
O encerramento desses ciclos convergiu com o desejo de alimentar e de trazer o Legado Cultural do Gana para projectos de design. Embora tenha crescido numa capital europeia, a sua herança genética vem da nação situada no Golfo da Guiné (de onde os seus pais são oriundos), do Togo e do Benim.
Optar por uma rotina que instigava a sua potência inventiva, porém, não era o único trunfo de Chrissa, ela convivia com uma inspiração dentro do próprio lar. A sua mãe, uma professora actualmente reformada, teve aulas com o renomado escultor ganês El Anatsui ganhador do “Leão de Ouro”. Além do resgate das suas raízes, ela impulsiona o trabalho de profissionais do continente.
Importa referir que a designer Chrissa, em parceria com a arquitecta Alice Asafu-Adjaye e artesãos do país africano, apresentou o Projeto Amplify, no pavilhão do Gana, da Bienal de Design de Londres, em 2021. O projecto Amplify representa ideogramas Adinkra e discos de latão, que fazem referência ao passado colonial da nação.
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