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A Maison Intègre, fundada por Ambre Jarno, é um colectivo que procura divulgar e respeitar o artesanato tradicional do Burkina Faso como método de desenvolvimento social e económico.
Mais do que uma anedota geográfica exótica, a intenção da Maiso Intègre é convidar à reflexão e à acção, cujo trabalho é dar visibilidade ao legado artesanal deste pequeno país africano sem litoral: “O nosso trabalho é o resultado de colaborações multiculturais e a sua comercialização ajuda este grupo de talentosos criativos locais a melhorar as suas condições de vida”.
A história da Maison Intègre remonta a uma década quando, em 2012, aos 24 anos, Ambre Jarno mudou-se de França para o Burkina Faso. Lá morou até 2014. Viajou, explorou e apaixonou-se pela arte africana. “Tornou-se uma paixão que iria centrar a minha forma de ver os artefactos, levar-me a conhecer artesãos e a apreciar técnicas ancestrais, como a fundição de bronze por cera perdida”.
Ao mesmo tempo, criou a Associação Maison Intègre (AMI) para desenvolver, apoiar e acompanhar a comunidade de artesãos de bronze no país, que passa por um dos momentos mais complicados em matéria de segurança e sofre com os efeitos da mudança climática. “As profissões artísticas já não são prioridade aqui e correm o risco de desaparecer, deixando muitas famílias sem recursos nem perspectivas. O objetivo é criar um ambiente virtuoso que beneficie toda uma comunidade a longo prazo”.
E vai mais longe: “África é um continente com uma enorme diversidade, composto por 54 países, cada um com as suas realidades. Acredito que agora é o momento de investir nas suas indústrias criativas e culturais. É o nosso dever apoiar o artesanato, o saber fazer milenar e demonstrar que pode ser uma bela e eficaz alavanca de desenvolvimento social e económico”.
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