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Euclides Barros da Lomba, nascido a 18 de fevereiro de 1966 na cidade de Cabinda, é um renomado cantor e figura influente na cultura angolana. Proveniente de uma família numerosa, é casado com Maria Moura Mingas e pai de cinco filhos. Com uma carreira marcante como quadro sénior do Estado, Euclides destacou-se especialmente na música, que se tornou a sua principal fonte de sustentação e reconhecimento.
Além da sua carreira musical, o cantor também teve um papel significativo no desporto e na educação, destacando-se em várias disciplinas e completando com distinção o curso no Instituto Superior Pedagógico Henriques Zevarona. Apesar de ter tentado seguir a carreira de engenheiro-agrónomo, a música prevaleceu como a sua verdadeira paixão. Com um percurso que inclui participação ativa em festivais e a criação de um legado cultural, Euclides continua a ser um exemplo de dedicação e resiliência, mostrando que, mesmo diante de adversidades e falta de apoio institucional, a paixão pela arte e o esforço contínuo podem garantir um impacto duradouro.
Desde jovem, Euclides esteve envolvido em atividades culturais, participando de grupos de dança tradicionais e desenvolveu habilidades musicais. Após estudar guitarra em Cuba, onde se juntou a amigos como Gabriel Ombongo e Avelino Cacimba Machado, e ser influenciado por grandes nomes da música latino-americana, ele começou a destacar-se como cantor. A sua trajetória musical inclui cinco álbuns, como o “Livre Serás” (1998) a marcar o início do seu reconhecimento nacional. Seguiram-se álbuns como “Desejo Malandro” e “Recado do Semba”, e a sua música continua a ser regravada por artistas jovens, evidenciando o impacto duradouro do seu trabalho.
O cantor é também um defensor da cultura angolana e criticou a falta de apoio estrutural para os artistas locais. Defende que os músicos devem ter melhores condições de trabalho e que o governo deve assumir um papel mais ativo no apoio à cultura e na distribuição de bens culturais. A sua carreira tem sido marcada por um compromisso contínuo com a qualidade e o respeito pelo público, o que lhe garantiu um lugar especial na música angolana.
Agora, a preparar a celebração dos 40 anos de carreira, Euclides deseja organizar uma festa grandiosa para reconhecer e agradecer aos seus fãs pela lealdade ao longo dos anos. Ele continua a lutar pela valorização da música angolana e pela melhoria das condições para os artistas, acreditando que o estado deve apoiar e promover a cultura de maneira mais eficaz.
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