O sapato clássico, fechado, que deixa o peito do pé à mostra e é preso por uma ou duas tiras, foi criado no começo do século XX. Quando começou a década de 1900, um novo sapatinho infantil com uma tira unissexo surgiu no mercado como algo prático (já que combinava com tudo) e fácil, pois era rápido de encaixar o pé das crianças e não caía, diferente da sapatilha, que se soltava facilmente.
Ainda sem um nome conhecido, em 1902 uma boneca chamada Mary Jane, que só usava o mesmo tipo de calçado, virou um personagem ícone da banda desenhada Buster Brown, que foi lançada em Nova York até 1906 e fez tanto sucesso que passou a comercializar sapatos com o nome dos personagens, daí surgiu o nome “Mary Jane”. A partir desse momento, o Mary Jane já estava entre os consumidores da moda com o título que permanece até hoje.
Depois, o modelo preto de verniz, mais clássico de todos, foi idolatrado pelas jovens dos anos 1920 e acabou por se tornar uma peça exclusiva no guarda-roupa feminino, fazendo parte da estética tradicional da época, considerado um complemento do uniforme do colégio (o que conhecemos hoje como estilo “preppy”).
Em 2023, os sapatos Mary Jane vieram em peso nas passarelas da semana de moda e desse modo, viraram a tendência da temporada. Assim, marcas como Prada e Dior apostaram no item, montando desde looks mais clássicos e neutros, até composições bem coloridas. Com isso, não demorou muito até a tendência Mary Jane chegar às redes sociais. Seja preto, colorido, com salto, sem salto, com meias, ou sem meias, o sapato voltou a ser valorizado.
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