Esta doença, que atinge cerca de seis mulheres em período reprodutivo e que tem mais chances de acontecer se houver histórico na família, tem sintomas que continuam a ser desvalorizados através de vários mitos.

A endometriose é uma doença das mulheres cujo tecido que reveste a parede interna do útero endométrio) cresce fora da cavidade uterina. Uma doença crónica, que afecta muitas mulheres em idade reprodutiva.

De acordo com o livro “Dores Menstruais Não São Normais”, de Catarina Maia, existem alguns mitos que pairam no ar a respeito da endometriose.

– “Não tenho dores menstruais, por esta razão não posso ter endometriose”.

Apesar das dores se apresentarem nos sintomas mais comuns, é importante realçar que nem toda a gente que tem endometriose apresenta dores menstruais, a doença às vezes pode ser assintomática.

– “É impossível ter endometriose, porque não sou infértil”.

Catarina Maia explica que a infertilidade afecta apenas uma percentagem das mulheres que têm endometriose, entre 30% e 50%, o que significa que não existe necessariamente uma relação de causa e efeito.

– “A gravidez trata a endometriose”.

A gravidez pode até aliviar alguns sintomas, especialmente os que estão relacionados com a menstruação, mas o alerta vai para a dor pélvica que muitas grávidas continuam a sentir durante a gestação.

– “A endometriose desaparece com a menopausa”.

Segundo a autora do livro, já houve relatos de casos de mulheres que foram diagnosticadas com a doença após a menopausa.

“Muita gente continua a sentir sintomas de endometriose mesmo após a menopausa”, explica a autora.

Para prevenir a endometriose, é crucial manter hábitos saudáveis, desde uma dieta equilibrada, praticar actividades físicas e evitar situações de stress.