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Tire qualquer dúvida sobre a conjuntivite com o optometrista, consultor técnico e CEO da Optioptika Djalme Fonseca

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A conjuntivite (CID10 – H10) é a inflamação da membrana externa do globo ocular (o branco dos olhos) e no interior das pálpebras. Os seus principais sintomas são vermelhidão nos olhos, comichão e olhos lacrimejantes. Em geral, ataca os dois olhos, dura até 15 dias e não costuma deixar sequelas.

Tire qualquer dúvida sobre a conjuntivite com o optometrista, consultor técnico e CEO da Optioptika Djalme Fonseca

Neste artigo, o optometrista, consultor médico e Director da Optioptika Angola Djalme Fonseca esclarece tudo o que precisa de saber sobre a conjutivite. Acompanhe até ao fim.

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A conjuntivite pode ser dividida em três tipos:

Infecciosa

A conjuntivite infecciosa é o tipo mais comum. Essa categoria de conjuntivite é contagiosa, ou seja, é possível passar para outras pessoas pelo ar ou contacto com o local.

Ela pode acometer um ou os dois olhos e normalmente os sintomas são: lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, secreção (clara ou amarelada) e hiperemia (olhos vermelhos).

A conjuntivite infecciosa pode ser divida em outros tipos:

  • Conjuntivite viral:

A conjuntivite viral é o tipo mais comum, sendo transmitida por um vírus conhecido como adenovírus.

Diferente do que muitos pensam, esse tipo de conjuntivite não é transmitido pelo ar, mas sim pelo contacto com as secreções oculares e também através de tosse e espirro do paciente infectado.

  • Conjuntivite bacteriana:

A conjuntivite bacteriana não é tão comum quanto a viral, porém ela pode ser mais perigosa. É transmitida através do contacto pessoal com a bactéria. Portanto, se a pessoa encostar nos olhos ou em algum local contaminado, ela será infectada.

  • Conjuntivite fúngica:

A conjuntivite fúngica é a mais rara entre todos os tipos. Ela ocorre quando uma pessoa magoa os olhos com madeira.

Por ser muito difícil de tratar, a conjuntivite fúngica pode causar complicações permanentes na visão.

Alérgica

A conjuntivite alérgica é decorrente de alergia, principalmente por ácaros e pólen. Essas manifestam-se através de olhos vermelhos e comichão ocular e não são contagiosas.

Há quatro formas de conjuntivite alérgica:

  • Sazonal, geralmente associada à rinite ou asma, que é a mais comum
  • Ceratoconjuntivite atópica, que é associada à dermatite atópica
  • Conjuntivite primaveril, que se inicia na infância e pode se estender até os 15 anos
  • Conjuntivite papilar gigante, associada comumente ao uso de lentes de contato

Tóxica

A conjuntivite tóxica ocorre quando os olhos entram emcontacto  directo com algum produto químico, como produtos de limpeza, shampoos, venenos agrícolas ou insecticidas.

Esse tipo de conjuntivite também é bastante raro, porém muito perigoso. Quando não tratado da forma correcta, pode trazer complicações para visão.

Como diferenciar os tipos de conjuntivite?

Os sintomas entre os tipos de conjuntivite são muito semelhantes, portanto, a melhor forma de diferenciar a conjuntivite é através da forma de contágio. Além disso, é essencial procurar um especialista, para que ele possa indicar o tratamento específico. Quanto antes o tratamento for iniciado, menores serão as chances de complicações sérias.

Como acontece a transmissão da conjuntivite?

A conjuntivite pode ser causada por reacções alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes (poluição, fumo, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquilhagem, etc.).

A mais comum delas é a conjuntivite alérgica ou febre do feno, geralmente causada por pólen espalhado no ar.

A conjuntivite pode ser causada, também por vírus e bactérias. Nestes casos, a conjuntivite é contagiosa e pode ser transmitida pelo contacto directo com as mãos, com a secreção ou com objectos contaminados.

Factores de risco

O factor de risco mais comum é colocar as mãos sujas e/ou contaminadas nos olhos.

Além disso, existem doenças que podem predispor o indivíduo à conjuntivite, como herpes, doencas auto imunes ou virais.

Por fim, a baixa imunidade também pode favorecer no surgimento da conjuntivite.

Outros factores de risco são:

  • Exposição a algo ao qual é alérgico (conjuntivite alérgica)
  • Exposição a alguém infectado com a forma viral ou bacteriana da conjuntivite
  • Uso de lentes de contacto, especialmente prolongado

Sintomas de Conjuntivite

A característica mais marcante da conjuntivite é a vermelhidão nos olhos. Além disso, ela pode apresentar outros sintomas. Veja os principais abaixo:

  • Vermelhidão nos olhos
  • Olhos lacrimejantes
  • Pálpebras inchadas
  • Secreção purulenta (conjuntivite bacteriana)
  • Sensação de areia ou de ciscos nos olhos
  • Secreção esbranquiçada (conjuntivite viral)
  • Comichão
  • Visão borrosa
  • Fotofobia (dor ao olhar para a luz)

Sintomas como febre e dor de garganta podem surgir em alguns casos, o que sugere a presença do adenovírus no organismo.

Diagnóstico de Conjuntivite

A conjuntivite é diagnosticada através de um exame oftalmológico usando a lâmpada de fenda (uma fonte de luz de alta intensidade que pode ser focada para brilhar como uma fenda).

É usada em conjunto com um microscópio e facilita a observação das estruturas frontais do olho humano, que incluem pálpebra, esclera, conjuntiva, íris, cristalino e córnea.

Em alguns casos o diagnóstico pode ser feito também por meio de recolha da secreção para exames.

Tratamento de Conjuntivite

O que fazer para acabar com a conjuntivite?

O tratamento da conjuntivite é determinado pelo agente causador da doença. Veja como tratar cada tipo:

Conjuntivite viral

Não existem medicamentos específicos e o tratamento foca-se em amenizar os sintomas.

Conjuntivite bacteriana

O tratamento inclui a indicação de colírios antibióticos, que devem ser prescritos por um médico, pois alguns colírios são altamente contra-indicados, porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.

Conjuntivite alérgica

Em qualquer quadro alérgico, ocular ou não, o primeiro passo é explicara o paciente que a doença é crónica, recorrente e devem tomar-se algumas medidas para diminuir a intensidade e a frequência das crises, como:

  • Não coçar os olhos
  • Evitar a acumulação de pó em cortinas, carpetes, animais de peluche
  • Varrer a casa com o auxílio de um pano húmido para não levantar a poeira, entre outras medidas preventivas
  • Fazer compressas geladas, o que alivia muito os sintomas alérgicos

Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da conjuntivite.

Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.

Conjuntivite tem cura?

Geralmente o prognóstico é bom, mas em alguns casos, dependendo da gravidade, pode deixar sequelas. Exemplo: alguns tipos de conjuntivites virais podem levar a pequenas opacidades na córnea interferindo na visão, que com o tratamento adequado pode ser resolvido. A conjuntivite química por cal é altamente agressiva e pode levar a sérios danos na córnea.

Quando o paciente segue o tratamento indicado pelo médico oftalmologista, tem uma completa resolução do quadro.

Importante mencionar que se dentro dos sete dias de tratamento não houver resposta ou houver piora, o paciente deve retornar ao especialista para reavaliação, pois alguns agentes etiológicos podem ser resistentes à medicação prescrita e a mesma deve ser trocada.

Complicações possíveis

As conjuntivites podem causar queratite (um tipo de arranhadura na córnea) e úlcera de córnea, principalmente para os utilizadores de lentes de contato.

Além disso, pode haver o aparecimento de membrana conjuntival que, se não retirada, forma cicatrizes que dificultam a lubrificação dos olhos.

Podem surgir também pontos brancos na córnea, que causam baixa visão.

As conjuntivites alérgicas, se não tratadas correctamente, podem causar úlceras de córnea e até ceratocone – condição crónica em que a córnea se curva para fora.

Convivendo/ prognóstico e prevenção

Para conviver melhor com a conjuntivite, ou evitá-la, é preciso ter alguns hábitos, como:

  • Não coçar os olhos
  • Não compartilhar as toalhas ou usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos
  • Lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estes membros são canais para a transmissão da conjuntivite
  • Evitar aglomerações ou piscinas de ginásios ou clubes
  • Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente
  • Não compartilhar produtos de beleza
  • Parar o uso de lentes de contacto até a autorização do médico
  • Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza
  • Não se automedicar

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