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O que é que está na base da infertilidade secundária?

O estilo de vida da mulher também deve ser levado em consideração

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a infertilidade um problema de saúde pública. Define-a como a “ausência de gravidez após dois anos de relações sexuais regulares e sem uso de contracepção”. Porém, maioritariamente, entende-se estar perante um caso de infertilidade quando não se consegue obter uma gravidez após um ano de tentativas, em vez de dois.

O que é que está na base da infertilidade secundária?

No entanto, há dois tipos de infertilidade: a infertilidade primária e a secundária. A primária é mais conhecida e frequente na espécie humana (refere-se a casais que nunca tiveram filhos e tentam engravidar pela primeira vez). Já a infertilidade secundária, segundo o site Art Medicina Reprodutiva, manifesta-se quando, após uma gestação e partos normais, o casal tem problemas para conseguir engravidar de novo: a mulher consegue engravidar, mas a gravidez termina em aborto espontâneo por vários motivos.

Inúmeras razões são apontadas para as causas de infertilidade secundária feminina. Por se tentar engravidar mais uma vez, a ginecologista da Clínica Leger, no Rio de Janeiro, indica que o intervalo prolongado da gestação é  uma das principais causas actualmente da infertilidade secundária. “A infertilidade secundária tem sido uma queixa frequente nos consultórios médicos, já que os casais têm filhos cada vez mais tarde”. Acrescentou: “Contando que a mulher engravida cada vez mais tarde, numa segunda ou terceira gestação, ela estaria perto dos 36, 40 anos, faixa etária em que, naturalmente, a chance de gestação seria menor”.

Existem outras causas relacionadas à idade, como a baixa reserva ovariana. As mulheres nascem com uma quantidade fixa de óvulos, que vão sendo gastos ao longo da vida, portanto, numa segunda, ou terceira gravidez, é comum que elas tenham menos óvulos disponíveis. “Doenças que interferem directamente na fertilidade, como a endometriose e a miomatose uterina (miomas no útero) também são tempo-dependentes, quanto mais anos de vida e de exposição hormonal, mais elas avançam.”

O estilo de vida da mulher também deve ser levado em consideração. “Tabagismo, obesidade e exposição a medicações podem levar à infertilidade”. Destacam-se ainda mais alterações hormonais: “Diabetes, síndrome dos ovários micropolicisticos e alterações tiroidianas têm impacto directo na ovulação.”

Contudo, o tratamento da infertilidade secundária vai depender da causa da mesma. “Às vezes, é suficiente o uso de medicação para uma correcção hormonal. Noutros casos, pode ser necessária a realização de cirurgia para a correcção da causa base”, finalizou.

O que é que está na base da infertilidade secundária?

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