Conhecida como uma doença silenciosa, cujos primeiros sinais são difíceis de identificar, a Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crónica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.
A Esclerose Múltipla não tem cura. Recentemente, uma investigação concluiu que os pacientes com esclerose múltipla têm quase o dobro da probabilidade de sofrer de doenças mentais, nos anos que antecedem o aparecimento da doença. O estudo foi disponibilizado na Neurology.
Pode manifestar-se por diversos sintomas, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga. Mais especificamente, os autores do estudo concluíram que as doenças psiquiátricas, incluindo a ansiedade e a depressão, são capazes de estar associadas a uma fase prodrómica da esclerose múltipla, considerada o conjunto de sintomas que surgem imediatamente antes de os sintomas clássicos da doença.
“Se conseguirmos reconhecer a esclerose múltipla mais cedo, o tratamento pode começar mais cedo. Isso tem um enorme potencial para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, afirma Helen Tremlett, investigadora e líder do estudo, citada no StudyFinds. Para chegarem a esta conclusão, os cientistas avaliaram os registos de saúde de quase sete mil indivíduos com esclerose múltipla na Colúmbia Britânica, nos Estados Unidos. Focaram-se especificamente na taxa de problemas de saúde mental (depressão, ansiedade e esquizofrenia) ao longo dos cinco anos que antecederam o aparecimento dos sinais mais conhecidos da doença.
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