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Outubro Rosa: a saúde sexual após o tratamento do cancro da mama

Aceite-se, reconheça-se e supere!

O cancro da mama é o tipo mais incidente de cancro em mulheres no mundo. O “Outubro Rosa”, designação do movimento internacional de consciencialização sobre e para o controlo do cancro da mama (uma iniciativa criada há mais de trinta anos) é uma realidade um pouco por todo o mundo e o início e vigência do mês de Outubro constitui uma oportunidade.

Outubro Rosa: a saúde sexual após o tratamento do cancro da mama

A campanha de Combate ao Cancro é um lembrete de que a detecção precoce, diagnóstico oportuno e tratamento geral do cancro da mama servem para evitar perda de vidas.  

O tratamento do cancro da mama diminui o desejo sexual. Isso porque um dos efeitos colaterais dos medicamentos usados no tratamento é a alteração das taxas de algumas hormonas.

Desse modo, a compreensão de que a sexualidade é um dos principais aspectos afectados pelo tratamento apresenta uma relevância muito significativa para a compreensão holística da saúde da mulher.

Os seios fazem parte da estética sexual feminina como um conceito culturalmente formado e por isso, o diagnóstico de doenças como um cancro mamário costuma gerar medo para as pacientes acometidas. “O relacionamento sexual de um casal cuja mulher passou por um tratamento para o cancro de mama pode ser afectado negativamente devido a outros aspectos resultantes do processo, como depressão, cansaço, ressecamento vaginal e diminuição da libido, que acabam por diminuir a funcionalidade sexual”, explica o doutor mastologista e ginecologista Sílvio Bromberg.

Outubro Rosa: a saúde sexual após o tratamento do cancro da mama

Também é comum que as mulheres enfrentem secura vaginal significativa e disfunção do assoalho pélvico após o cancro de mama, devido à perda de estrogénio, “devido aos sintomas geniturinários da menopausa. Há mulheres que durante o tratamento para o cancro da mama podem ter sintomas da menopausa (afrontamentos, ou suores nocturnos)”, enfatizou.

Os parceiros muitas vezes recebem muito pouco apoio e nem sempre é fácil criar um novo capítulo após o cancro da mama sem alguma orientação. “Orientação pode significar pedir ao seu parceiro que reserve algum tempo para conversar, ou entrar em contacto com um grupo de apoio online para cuidadores, ou conversar com um conselheiro, ou especialista em bem-estar sexual”, aconselhou.

O Dr. Sílvio ainda explicou um ponto muito importante, relativo ao desenvolvimento do ressecamento vaginal que se observa principalmente em mulheres que precisam de passar pela quimioterapia como parte do tratamento contra o cancro. Essa secura vaginal pode apresentar uma ligação importante com a queixa de dor e desconforto durante o acto sexual, a dispareunia. Mas existem vários tratamentos que podem ajudar na secura vaginal, incluindo hidratantes e lubrificantes vaginais. Aprender como relaxar os músculos do assoalho pélvico pode ser de igual importância.

A vivência do cancro e a sua gestão devem ser realizadas de maneira integrativa, compreendendo não só os factores físicos, mas também os psicológicos, sociais e culturais, para impedir ou atenuar as repercussões negativas oriundas da doença.

Outubro Rosa: a saúde sexual após o tratamento do cancro da mama
Outubro Rosa: a saúde sexual após o tratamento do cancro da mama
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