Foi consensual entre os profissionais da moda o facto de que não existe em Angola uma indústria da moda. A quem foi mais longe, afirmando que este sector já esteve melhor, mas tem regredido, sendo uma responsabilidade de todos, o trabalho para o desenvolvimento e expansão da moda angolana.
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O Fashion Talk – Missão Social 2030 lançado no dia 18 de maio de 2023, no Clube S, em Luanda, com condução da Mestre de cerimônias Marisa Gonçalves e abertura especial de Francisco Queiroz ex-ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, agora Conselheiro do Presidente da república, que dirigiu algumas palavras de elogios a organização é um dos muitos projectos que visão essa contribuição para o desenvolvimento da indústria da moda em Angola.
O primeiro painel juntou Daniel Pires, o Presidente do Fórum de Negócios das Indústrias Têxteis e Secretário de AITECA e Júlia Villegas, a Directora de Marketing da Textang II que discutiram o tema “Produção Nacional – Estratégias do governo para o impulsionamento da Indústria têxtil; incentivo à indústria criativa.
“A indústria têxtil é uma indústria muito grande por juntar várias profissões e profissionais. A medida que um avança a outra também segue, mas particularmente a Textang está directamente ligada ao mundo da moda, contudo não deixamos de olhar para outros segmentos como artesanato, dispomos de material para confecções destas peças”, comentou Júlia Villegas.
Por sua vez, Daniel Pires apontou que “se não queremos fazer nada pelo sector da moda, não falemos mal dele, é necessário apoiar e investir”. Justificando que “nunca sairemos sem roupa a rua, seja qual for a roupa que vistamos será de um criador”.
Fazendo o segundo painel sobre A produção de evento de moda em Angola: Avanços e desafios, o produtor de evento Kayaya Jr, na sua intervenção referiu a necessidade de abertura e incentivo para concretização dos projectos. “Deixem os projetos andarem, incentivem os projectos e os criadores, criem políticas de desenvolvimento para área globalmente para que amanhã possamos dizer que temos profissionais capacitados”.
Já no terceiro painel , a cargo das oradoras Rose Palhares, Iracema Matias, Marith Joia, Mariângela Almeida e Dina Simão trouxeram a atenção “O criador de moda e os desafios do mercado”. As divas são unânimes nas suas intervenções, numa verdadeira interação com o público, o que é importante porque a comunicação tem de fluir dos dois lados. Permitindo compreender o que o público espera dos criadores de moda, desde a sua visão, os seus trabalhos e aquilo que pretendem para a moda angolana.
Enquanto que no último painel da noite, os empresários Escuro e Adalgisa Massango debruçaram sobre o “Investimento no sector da moda: motivação e desafios”. “A falta de produção de materiais têxteis de qualidade” foi apontado como um dos principais desafios, bem como a “criação de políticas que favoreçam a expansão da indústria da moda”.
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