Todas as pessoas têm o direito a beneficiar de educação sexual, independentemente da idade, situação ou identidade. Essa é a base de uma melhor saúde sexual, individual e colectiva.
Portanto, para celebrar o dia de hoje, Dia Mundial da Saúde Sexual (04 de Setembro), trouxemos a seguinte temática: sexo na adolescência. Esta será a primeira aula para simbolizar o retorno à escola. Preste bem atenção!
A palavra “adolescência” tem origem no latim, derivada do verbo “adolescere” que denota “crescer”, “desenvolver-se”, “tornar-se maior”, ou então “crescer até a maturidade”. Para a Organização Mundial de Saúde a adolescência pode ser compreendida como um processo fundamentalmente biológico, que acontece nos indivíduos entre os 10 e 19 anos de idade. É um período de grandes mudanças, quer sejam de ordem fisiológica, comandada pelos hormónios que desencadeiam o surgimento dos caracteres sexuais secundários, quer sejam de factores psicológicos.
Normalmente é nessa fase que alguns indivíduos começam a vivenciar as primeiras práticas sexuais, as quais assumem um carácter específico, ocasionando a escolha de um parceiro sexual à medida que ocorrem o desenvolvimento das suas funções reprodutivas e o aumento do conhecimento sobre sexo. A escolha deste parceiro sexual ocorre inicialmente de maneira discreta; contudo, vai-se tornando cada vez mais intensa até que o adolescente tenha a sua primeira relação sexual, a qual vem acontecendo cada vez mais cedo.
A iniciação sexual é um evento marcante na vida de um adolescente. Ao mesmo tempo em que lhe permite adentrar em um mundo de novas descobertas. Identificam-se na literatura estudos que enfatizam o tema, fazendo um forte relacção entre o comportamento adoptado na ocasião da primeira relacção sexual e práticas que podem perdurar por toda a vida do indivíduo, em especial quanto ao uso do preservativo. Também é possível identificar uma associação entre início da vida sexual por indivíduos muito jovens e o factor de risco para a aquisição de DST.
Alguns autores encontram associação entre iniciação sexual precoce e comportamento sexual de risco, uma vez que a iniciação sexual precoce expõe o adolescente a um contexto de vulnerabilidade à infecção por HIV, pois o mesmo terá um período maior de actividade sexual e, com isso, terá mais parceiros sexuais até chegar aos relacionamentos monogâmicos estáveis e duráveis. Essa inserção pode ter como desfecho, também, a ocorrência de gravidez na adolescência, aborto e outros problemas de ordem biológica, socioeconômica e psicológica.
Queridos pais, o conhecimento é saber o que esperar. Conversar sobre sexo na adolescência permite alinhar expectativas e tirar dúvidas. Num contexto cada vez mais digital, ter um contacto próximo e aberto com os filhos pode ser crucial para evitar comportamentos inadequados.
Sendo assim, conversar sobre sexo na adolescência serve também como um alerta. É importante deixar claro o que é aceitável e o que é abusivo. Ensinar a dizer “não” é valioso. A pessoa precisa compreender que deve fazer somente aquilo que está confortável.
A saúde sexual é parte importante da saúde e desenvolvimento dos jovens, sendo os comportamentos sexuais e seus riscos um importante aspecto de saúde pública. Porém há a necessidade um maior investimento na educação sexual e em campanhas para divulgar o sexo seguro.
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