Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Aceitar
ChocolateChocolate
Notificações Mostre mais
Últimas notícias
Victoria’s Secret confirma desfile icónico para 2025 com teaser misterioso
Moda & Beleza
Bailados do Cazenga leva imaginário dos povos de Angola às stands da FILDA
Arte & Cultura
Menstruação e Autocuidado: Como Ouvir o Teu Corpo Nesse Período
Saúde & Bem-estar
Humorista Artur Pop perde o filho prestes a nascer
Sociedade
Como Escolher o Desporto Certo para o Teu Estilo de Vida
Sociedade
Aa
  • Sabores
  • Arte & Cultura
  • Moda & Beleza
  • Saúde & Bem-estar
  • Destinos
  • Sociedade
  • Contactos
Lendo. “Prefiro apenas ser” – Binelde Hyrcan e a arte como provocação e identidade
Partilhar
Aa
ChocolateChocolate
  • Sabores
  • Arte & Cultura
  • Moda & Beleza
  • Saúde & Bem-estar
  • Destinos
  • Sociedade
  • Contactos
Pesquisar...
  • Sabores
  • Arte & Cultura
  • Moda & Beleza
  • Saúde & Bem-estar
  • Destinos
  • Sociedade
  • Contactos
Siga-nos
  • Advertise
© 2024 | Chocolate | Todos os direitos reservados.
Arte & Cultura

“Prefiro apenas ser” – Binelde Hyrcan e a arte como provocação e identidade

Miguel Jose
Ultima atualização: 2025/02/28 at 12:56 PM
Por Miguel Jose 5 meses atrás
Partilhar
4 leitura mínima
Partilhar

Binelde Hyrcan, artista visual nascido em Luanda em 1982, é um dos nomes mais ousados da arte contemporânea africana. Com um percurso que atravessa Angola, França e Finlândia, e uma formação pela École Supérieure d’Arts Plastiques de Mónaco, Hyrcan expressa nas suas obras uma fusão única de crítica social, humor mordaz e narrativas viscerais.

Em entrevista exclusiva à Revista Chocolate Lifestyle, o artista revela a sua visão sobre a arte como veículo de transformação, as suas inspirações e os desafios de ser uma voz disruptiva no cenário artístico internacional.

A arte como reflexão e provocação

“Nem sempre busco transmitir uma mensagem específica. Às vezes, são apenas questões que habitam a minha mente.” Assim define Hyrcan o seu processo criativo. A pintura, para ele, é quase meditativa, enquanto as suas instalações carregam mensagens diretas, como a recriação do Angosat na Ilha de Luanda.

O humor e a crítica social são marcas registadas do seu trabalho. Para Hyrcan, a arte tem um papel crucial na sociedade: “Cresci na Ilha e sofri bullying por isso. A arte deu-me uma forma de transformar realidades.” Obras como Cambeck refletem essa abordagem, explorando a desigualdade e o deslocamento com uma ironia que desarma barreiras.

Sobre o impacto do seu trabalho no público, o artista lembra-se das suas raízes: “A minha mãe vendia peixe na Ilha, e vi muitas famílias serem afastadas devido à especulação imobiliária. A minha arte nasce dessas memórias e do desejo de dar voz a estas histórias.”

A experiência no Mónaco deu-lhe um novo olhar sobre as suas raízes: “A distância faz-nos compreender melhor quem somos.” Cresceu entre conflitos civis, o que moldou o seu olhar para a arte. “Não consigo simplesmente pintar girassóis. A minha infância foi marcada pelo medo e pela perda.”

Sobre o espaço da arte africana no cenário global, Hyrcan reflete sobre o preconceito: “Picasso inspirou-se nos povos bantus, mas a arte africana continua a ser vista de forma exótica. Felizmente, eventos em Angola, África do Sul e Senegal estão a mudar essa percepção.”

Mesmo sendo um artista livre, a censura já o atingiu: “A minha galerista, por vezes, teme que algumas obras sejam demasiado provocativas. Uma capa de revista minha foi cancelada porque trazia a imagem de um galo, alegando que poderia ser associada a um partido político. Curiosamente, as mesmas galinhas foram roubadas na Grécia durante uma exposição.”

Mas é através da ironia que Hyrcan encontra o equilíbrio: “O humor permite que as pessoas descontraiam e reflitam sobre temas difíceis. Tento criar um espaço onde leveza e profundidade coexistam.”

O homem por trás da arte

Desde criança, Hyrcan já se destacava pela criatividade: “Aos sete anos, fazia paraquedas para as galinhas da minha mãe e desenhava sonhos estranhos com macacos aquáticos.” Hoje, para além da arte, tem outra paixão: “Gosto de Kite Surf. E um dia, gostaria de produzir um filme de animação.”

Sobre a sua identidade enquanto artista e pessoa, é direto: “Tenho dificuldade em me definir. Talvez porque não gosto de rótulos. Prefiro apenas ser.”

Entre os momentos mais marcantes da sua carreira, destaca uma experiência inusitada: “Caminhei de Lisboa a Paris durante a pandemia.” No futuro, deseja algo simples, mas profundo: “Quero viver a experiência de ter uma família.”

Binelde Hyrcan não se encaixa em padrões. É um artista que desafia convenções, usa o humor como resistência e transforma as suas vivências em arte. E, acima de tudo, alguém que escolhe simplesmente ser.

Por: Gracieth Issenguele

Você pode gostar também

Bailados do Cazenga leva imaginário dos povos de Angola às stands da FILDA

Jacques dos Santos revela como Chá de Caxinde foi desinstalada do Nacional Cine-Teatro: “Afinal é fácil esquecer, mas eu jamais esquecerei as palavras do Filipe”

Novela “Os Kambas” estreia promete prender o público com drama, tradição e rivalidades familiares

Escritor Fragata de Morais doa livros e “documentos raros” ao Arquivo Nacional de Angola

Grupo Reasons conquista K-Pop Word Festival e vai à Coreia representar Angola

Miguel Jose 28/02/2025
Compartilhe este artigo
Facebook Twitter Email Imprimir
Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ChocolateChocolate
Siga-nos

© 2024, Chocolate | Todos os direitos reservados | By Agência Zwela

Bem-vinda de volta!

Inicie sessão na sua conta!

Perdeu sua senha?