Na Letónia, país báltico com pouco menos de dois milhões de habitantes, uma realidade demográfica chama atenção: há significativamente mais mulheres do que homens. De acordo com dados recentes, para cada 100 mulheres, existem apenas cerca de 84 homens uma das maiores disparidades de género da Europa.

As razões para esse desequilíbrio são diversas. A expectativa de vida dos homens letões é uma das mais baixas da União Europeia, em parte devido a fatores como altos índices de alcoolismo, doenças cardiovasculares e hábitos de vida pouco saudáveis. Além disso, muitos jovens deixam o país em busca de melhores oportunidades no exterior, agravando ainda mais o problema.
Com isso, um número crescente de mulheres letãs tem buscado relacionamentos com homens estrangeiros, seja por meio de aplicativos de namoro, redes sociais ou durante viagens. Nalguns casos, agências matrimoniais especializadas também entram em cena, conectando mulheres do Leste Europeu com pretendentes do Ocidente.
Embora o fenómeno gere debates sobre questões culturais, identidade nacional e integração, para muitas mulheres letãs, recorrer a estrangeiros é uma forma prática de buscar estabilidade emocional e familiar diante da escassez de parceiros locais.