A exposição “Dádivas da Liberdade”, patente até 16 de Junho na Art Gallery, junto à Universidade Lusíada de Angola, tem vindo a afirmar-se como um poderoso palco de visibilidade para artistas plásticos emergentes.
Reunindo nomes como Zidane Francisco, Benedito Miguel, Manuel Batalha, Alterego Ego, Donis Txifutchi, Hélio Fernando, entre outros, a mostra oferece uma leitura sensível e plural da liberdade, explorando-a como conquista, vivência e linguagem artística.

Sob mentoria de Danick Bumba, em parceria com Danilo Fortunato e a Art Gallery, a iniciativa do Ateliê Belnique surge integrada nas comemorações dos 50 anos da Independência Nacional. Para o curador, a exposição propõe-se a promover novos talentos e reflectir sobre a liberdade como símbolo de paz, identidade, cultural e afecto. “Cada obra é uma dádiva, um testemunho de quem vive e partilha a liberdade como valor essencial”, frisou.
Entre os destaques, está o jovem Benedito Miguel, de apenas 17 anos, com as obras “Eu vi e vivi”, “Cura”, “Mulher africana” e “Delicadeza”. O artista revelou sentir-se honrado por integrar a mostra, descrevendo o momento como um sonho concretizado. Já Dário Suprano, com “Ouro sobre azul” e “Salto de ouro”, presta homenagem à sobrinha bailarina, através de pinturas que celebram o movimento, a emoção e a alegria.
A exposição encerra com uma mesa-redonda, debates e sessões de pintura colectiva, promovendo o encontro entre artistas e público num diálogo aberto sobre arte, liberdade e pertença. Mais do que um evento, “Dádivas da Liberdade” assume-se como um manifesto visual e emocional da juventude artística angolana.