Uma visita do ministro da Cultura ao Arquivo Nacional de Angola, na segunda-feira, fez accionar um alarme que quase passava despercebido a todos, inclusive pesquisadores: o património fílmico angolano foi simplesmete “negligenciado” mesmo já ter ocorrido o importante processo de preservação: a digitalização.

Filipe Silvino de Pina Zau esteve em visita de inspecção a diversas obras do sector cultural, com início no Arquivo Nacional de Angola, onde o ministro expressou preocupação com o estado do património fílmico, que foi amplamente negligenciado após a transição para o formato digital. “Estamos empenhados em resgatar esse acervo valioso, através das instalações do ANA”, disse o governante, citado na página do Facebook do Ministário da Cultura.
Com o avanço tecnológico, museus, arquivos, monumentos e sítios históricos estão a migrar para o ambiente digital, criando repositórios virtuais que oferecem uma nova forma de interagir com o património. Esta transformação proporciona experiências interativas e acessíveis a qualquer pessoa, independentemente da sua localização geográfica, permitindo que visitantes explorem coleções e locais de interesse cultural sem as limitações físicas habituais. Além disso, a digitalização protege o património de eventuais danos físicos ou do desgaste natural causado pelo tempo. Ao ampliar o público-alvo, este processo abrange não só os visitantes locais, mas também um vasto público internacional, oferecendo a possibilidade de interação com o património português a quem, de outra forma, não teria acesso.
Segundo a plataforma brasileira Raiz Projetos e Pesquisas de História, se o património fílmico não for digitalizado, corremos o risco de perda irrecuperável de obras cinematográficas, dificuldades de acesso para pesquisadores e o público, e a obsolescência de formatos antigos. A digitalização, além de preservar, garante a acessibilidade do património para as gerações futuras, enriquecendo a experiência de quem o consulta, seja através da tela ou de um projector.
A comitiva do ministro visitou também a Cinemateca Nacional, um espaço que se pretende transformar em um centro para cinema, música e teatro, promovendo a diversidade cultural. Em seguida, visitou o Cine Tropical, que está projectado para se tornar um polo das danças de salão, visitou também a Endipu, que servirá como um hub para as indústrias culturais e criativas. Por fim, o Palácio Artes e casa do artista
Texto: Redacção