Angola vai facilitar o intercambio turístico com a abertura de novas rotas com foco especial no espaço intra-africano com destaque para as rotas Nairobi, Abidjan, Libreville e Lusaka para facilitar o intercambio entre Angola e estes países, garantiu, na manhã desta quarta-feira, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, na segunda conferência internacional do Turismo e Transporte aéreo em África a decorrer no hotel Intercontinental, Luanda.

Esta posição do governante foi manifestada minutos antes da assinatura de um memorando de entendimento entre o presidente da Organização da Aviação Civil Internacional, com a sigla em inglês ICAO, Salvatore Sciacchitano, e o ministro do Turismo, Márcio Daniel.
O governante, que abriu a sessão de hoje, manifestou indignação pelo facto de a região ainda consentir muitas dificuldades para mobilização de pessoas e mercadorias por conta das escalas do transporte aéreo e o acesso a vistos, lembrando que os delegados à conferencia tiveram que passar por estas dificuldades.
“Caros colegas, temos de mudar…Os jovens de outros continentes não entendem o porquê da [da burocracia] na mobilidade em África”, referiu Márcio Daniel.

Turismo e avião: aliança estratégica
O Presidente da Organização da Aviação Civil Internacional – ICAO, Salvatore Sciacchitano, observou que o turismo e os transportes aéreos são capazes de originar um desenvolvimento económico sustentável, o crescimento social, a diversificação da economia e promover a integração regional.
“Senhores ministros aqui presentes vocês têm a oportunidade e os instrumentos para fazerem o continente africano crescer economicamente e socialmente de modo que se tapem os buracos ainda existentes, através de acções que façam estes dois sectores desenvolverem-se para darem mais oportunidades de emprego”, disse.
Em África o sector dos transportes e turismo continua a crescer, mas espera-se um crescimento maior, embora já tenha originado um crescimento relevante para o Produto Interno Bruto de África.
O responsável não tem dúvidas que a liberalização do sector de modo progressivo vai originar harmonização, redução da taxas e trazer maior competitividade, “tornando o turismo e o acesso aos transportes aéreos mais baratos, acessíveis, confortável e sustentáveis”.
Texto: Pihia Rodrigues