No século XXI, o acesso à internet deixou de ser um luxo para se afirmar como um direito essencial e uma das mais poderosas ferramentas de cidadania. Garantir a inclusão digital significa criar oportunidades iguais no acesso à informação, à educação, à saúde e à participação social.
Em Angola, o tema tem ganhado cada vez mais relevância. O ministro das Telecomunicações, Mário Oliveira, sublinhou recentemente a importância do crescimento da internet e das redes sociais no país, defendendo o seu papel como espaço de liberdade de expressão, inovação e conhecimento. Destacou ainda a responsabilidade da juventude na utilização dessas ferramentas para aprendizado, paz e estabilidade social.
Contudo, como lembra o sociólogo Manuel Castells, “não basta disponibilizar internet, é preciso garantir que os cidadãos saibam utilizá-la de forma crítica e responsável”. Esta perspetiva reforça a necessidade de políticas públicas que, além de expandirem a rede, invistam em literacia digital.
Conforme a União Internacional das Telecomunicações (2024), cerca de 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo continuam sem acesso à internet, sobretudo em países em desenvolvimento. Em Angola, embora os avanços sejam visíveis, persistem desigualdades significativas entre zonas urbanas e rurais.
Assim, a inclusão digital em Angola não é apenas uma questão tecnológica, mas também social e estratégica: preparar as novas gerações para os desafios do futuro e garantir que ninguém fique para trás no processo de transformação digital.






