A vida nas grandes cidades angolanas, como Luanda, oferece dinamismo, acesso a serviços, oportunidades de emprego e uma rede cultural vibrante. No entanto, o crescimento urbano acelerado trouxe desafios, desde o trânsito intenso até o elevado custo da habitação.
Cada vez mais, surge o debate sobre a possibilidade de retornar ao interior do país. Regiões como Huambo, Benguela ou Malanje apresentam uma vida mais tranquila, com contato próximo à natureza, custos mais acessíveis e um maior equilíbrio entre trabalho e bem-estar.
Segundo o escritor angolano José Eduardo Agualusa, “tudo o que acontece deve ser percebido sempre no contexto global”, lembrando-nos que as escolhas entre cidade ou interior fazem parte de um projeto de vida conectado com a comunidade, o país e o mundo.
Especialistas em desenvolvimento social sublinham que essa decisão depende de fatores como conectividade digital, acesso a serviços de saúde e educação, e a criação de oportunidades económicas fora da capital.
Assim, a reflexão entre permanecer nas grandes cidades ou optar pelo retorno ao interior é, acima de tudo, um exercício de cidadania e de planeamento.






