Muito antes do “streaming” revolucionar como consumimos música, houve uma tendência que dominou os anos 2000: os ringtones. E ninguém surfou essa onda com tanto impacto quanto Akon, que se tornou o artista mais vendido no mundo nesse formato, garantindo um lugar no Guinness Book.
A estratégia foi simples, mas visionária. Numa época em que uma música completa custava cerca de 1,99 dólares, um excerto de apenas alguns segundos para celular podia custar até 4,99 dólares. Percebendo a oportunidade, o cantor renegociou o seu contrato e começou a produzir cortes musicais especialmente pensados para essa finalidade.
Sucessos globais como “Mr. Lonely”, “Smack That” e “I Wanna Love You” ganharam versões adaptadas que se tornaram uma verdadeira febre mundial. O resultado foi impressionante: até 2007, Akon já havia vendido mais de 11 milhões de ringtones, transformando um detalhe tecnológico numa mina de ouro.
O fenómeno marcou uma geração e mostrou como a indústria musical sempre encontrou formas criativas de se reinventar, até mesmo através de toques de celular que hoje parecem nostálgicos, mas que mudaram a história do mercado digital.

