O prestigiado projeto “Almoço Angolano”, do Hotel Diamante, voltou a reunir, no Domingo, nomes icónicos da música nacional numa celebração vibrante da cultura e da tradição. A 8.ª edição da quarta temporada decorreu com um elenco de luxo composto por Prado Paím, Claudeth Tchizungo, Lutuima Sebastião e a Banda Xicote, num espetáculo que homenageou o semba e as raízes sonoras de Angola.
Em ambiente de partilha e nostalgia, o público teve o privilégio de ouvir clássicos como “Bartolomeu” e “Nzenze”, de Prado Paím, um dos maiores ícones da música angolana, vencedor do Disco de Ouro de 1974 e conhecido pelas suas composições de intervenção como “Ambundu” e “Mensagens aos Presidentes Africanos”. Esta foi a primeira atuação de Prado Paím no Almoço Angolano, um momento aguardado com grande expectativa pelos apreciadores da boa música.
A cantora Claudeth Tchizungo, que regressou dois anos depois da sua última passagem pelo palco do evento, emocionou o público com temas como “Nosso Semba” e “Verdadeiro Amor”, reforçando o seu papel como uma das vozes femininas mais autênticas da música popular angolana.
Outro destaque da tarde foi Lutuima Sebastião, que se estreou no projeto com uma performance rica em elementos tradicionais, recorrendo a instrumentos ancestrais como o hungu, puíta e dikanza, numa viagem sonora que exaltou as origens culturais do país.

O Almoço Angolano, coordenado por António Simão, nasceu em junho de 2022 com o músico Calabeto e tem vindo a afirmar-se como um dos mais importantes projetos culturais do Hotel Diamante, promovendo encontros entre diferentes gerações de artistas e mantendo viva a herança musical angolana.
Entre os nomes que já passaram pelo evento estão as Gingas do Maculusso, Jovens do Prenda, Moniz de Almeida, Patrícia Faria, Banda Maravilha, Margareth do Rosário, Euclides da Lomba e Clara Monteiro, num verdadeiro desfile de talentos que celebram a identidade nacional.
Com esta edição, o “Almoço Angolano” reafirma-se como um espaço de preservação e exaltação da música feita em Angola — um palco onde o passado e o presente se encontram ao som do semba, da tradição e da alma do povo angolano.





