Um estudo recente da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, publicado no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, sugere que a metformina, um dos medicamentos mais usados no tratamento da diabetes, pode reduzir parte dos benefícios normalmente associados ao exercício físico regular.
Os investigadores compararam adultos que fizeram treinos durante 16 semanas, divididos entre quem tomava metformina e quem não a utilizava. Os resultados mostraram que os participantes medicados apresentaram melhorias mais modestes nos níveis de glicose no sangue, na função dos vasos sanguíneos e na capacidade aeróbica. Ou seja, a combinação entre o medicamento e o treino poderá não potenciar os resultados da forma esperada.

Steven Malin, autor do estudo, explicou à Fox News que essa combinação pode levar a uma espécie de “fracasso psicológico”, sobretudo quando as pessoas não notam progressos significativos na saúde ou na energia. A razão poderá estar na interação da metformina com os mecanismos de adaptação do corpo ao esforço físico, interferindo na forma como o açúcar é transportado e utilizado pelos músculos.
Ainda assim, os especialistas reconhecem que são necessários mais estudos para compreender com precisão essa relação e se fatores como a dose ou o horário da toma podem alterar o impacto do medicamento.
A fadiga: o sintoma silencioso da diabetes
O estudo lembra também que muitos sinais precoces da diabetes passam despercebidos. Entre eles, a fadiga é o sintoma mais frequentemente ignorado, por ser facilmente atribuída ao stress, ao excesso de trabalho ou a noites mal dormidas.
De acordo com o diretor clínico David Culpepper, esse cansaço persistente pode ser um alerta importante, já que estudos anteriores revelam uma forte associação entre diabetes, fadiga e depressão.
À medida que a investigação avança, reforça-se a importância do acompanhamento médico regular, de escolhas informadas e de uma gestão equilibrada entre medicação, alimentação e atividade física.

