A 6.ª edição do Festival Tchole, uma das maiores plataformas de promoção da arte e cultura nacional terá lugar entre os meses de setembro, outubro e novembro, numa altura em que Angola celebra o cinquentenário da sua independência. O festival foi apresentado, em conferência de imprensa, na quinta-feira, na Galeria dos Desportos, na Cidadela Desportiva.
O evento contou com a presença de várias personalidades da cultura angolana, como Carlos Lamartine, Kayaya Júnior, Tony Mulato, entre outros. Em representação do Ministério da Juventude e Desportos, a directora Maria Albuquerque reforçou o apoio institucional à iniciativa:

“Acreditamos que a arte é um lugar onde a alma fala o que as palavras não conseguem expressar”, destacou, apelando também ao envolvimento da juventude e à adesão de empresas ao projecto.
O director-geral do festival, Valdemar Francisco, apresentou o programa e destacou o crescimento e maturidade do evento ao longo dos anos:
“O Tchole não é apenas um festival, é um estilo de vida. Esta edição é especial, porque celebramos 50 anos de independência, com uma programação ainda mais rica e abrangente, que levará arte e cultura a várias províncias do país”, referiu.
A abertura oficial será no dia 5 de setembro, no Palácio de Ferro, com uma gala de homenagens e um espectáculo nacional. O festival contará com uma feira cultural, espetáculos de música e dança, teatro, oficinas criativas, visitas turísticas e painéis de debate sobre o papel da cultura no desenvolvimento do país.

Entre os nomes anunciados para as atuações estão Carlos Lamartine, Beto Bungo, Mayonga e Tito Ciseke. Haverá ainda uma forte presença de artistas do Moxico, onde o festival também decorrerá em novembro, como parte da sua extensão nacional.
Valdemar Francisco sublinhou a importância de apoios sólidos:
“Este projecto tem pernas para andar. Queremos que as empresas se juntem a nós e façam parte desta jornada cultural. O Tchole é de todos, não é apenas meu nem da produtora. É do país.”
A 6.ª edição homenageará personalidades influentes nas artes e nas causas sociais, como o engenheiro Vicente Soares, reconhecido na categoria de Responsabilidade Social. A programação inclui ainda encontros intergeracionais, debates sobre a transmissão de valores culturais e uma nova iniciativa pedagógica voltada para jovens dos 10 aos 18 anos: o Palco da Diversidade.
O Festival Tchole 2025 promete ser um marco na história cultural angolana, reforçando o papel da arte como elo de união e expressão de identidade nacional, num ano em que a celebração da independência inspira criação, reflexão e movimento.









Texto: Gracieth Issenguele