Angola é um mosaico de expressões culturais, onde cada uma das suas 21 províncias carrega um pedaço da identidade nacional. Do Carnaval vibrante às festividades tradicionais, o país celebra-se a si de inúmeras formas. Mas, afinal, qual é a festa cultural que melhor nos representa? Muitos apontam o Carnaval como o auge da manifestação popular, mas há quem defenda que o kuduro — ritmo nascido nos musseques de Luanda — é o verdadeiro cartão-postal do país.

Enquanto criadores de conteúdos digitais se esforçam para divulgar a riqueza cultural angolana, a visibilidade ainda não é suficiente para dar dimensão global às nossas tradições. Se o kuduro já atrai turistas estrangeiros e as Sete Maravilhas de Angola despertam curiosidade além-fronteiras, por que não conseguimos consolidar um grande evento que represente, de facto, a nossa maior festa cultural?
A resposta pode estar na forma como encaramos o nosso próprio património. Para que Angola brilhe no mapa cultural internacional, é preciso mais do que orgulho — é essencial estratégia, investimento e uma promoção cultural que vá além das fronteiras digitais. Afinal, um país com tantas riquezas culturais não pode hesitar em definir e exaltar aquilo que tem de melhor.



Por: Gracieth Issenguele