A cantora, compositora e jornalista angolana Elisa Coelho, conhecida no meio artístico como Antonica, foi uma das personalidades distinguidas pela “Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate à Violência” e pelo “Instituto Afrocentrado Kybanthuerer”, duas instituições luso-brasileiras que exaltam figuras ligadas à valorização da identidade africana.

O reconhecimento surge com a inclusão da artista no calendário oficial de 2025 das duas entidades, que homenageia mulheres negras cujo trabalho tem impacto cultural e social relevante. No caso de Antonica, o destaque recai não apenas pela sua longa trajectória no jornalismo cultural, mas também pelo seu contributo artístico, com destaque para a divulgação da língua kimbundu através da música.

Com um percurso iniciado nos anos 1980 na Rádio Nacional de Angola (RNA), Elisa Coelho reforça agora a sua veia criativa sob o nome Antonica, com projetos como o concerto “Kudikunda”, apresentado em dezembro de 2024. A distinção brasileira reconhece igualmente a sua dedicação à promoção da cultura angolana em palcos internacionais.
A inclusão no calendário de 2025 celebra duas facetas da artista: a comunicadora e a cantora, ambas ao serviço da preservação da herança cultural africana. Para a “Rede Nacional de Mulheres Negras”, Antonica é símbolo de resistência, identidade e continuidade.
Texto: Gracieth Issenguele