O histórico assalto de menos de 4 minutos a um dos mais importantes museus do mundo, Louvre, em Paris, na manhã de Domingo, teve um impacto significativo na segurança cultural, alertam um galerista e um antropólogo. Consultados pela Revista Chocolate, os especialistas, que olham para a nossa realidade, referem que o evento colocou em xeque a vulnerabilidades de museus.
Para o galerista Dominick Maia Tanner, “Este assalto não atinge apenas objectos valiosos e materiais – atinge o nosso sentimento de partilha cultural, memória colectiva e imaterialidade. A perda de peças históricas afirma a fragilidade daquilo que julgávamos inabalável, e obriga-nos a reavaliar o modo como protegemos o património como bem comum.”, resumiu, em declarações à Revista Chocolate.

Já o antropólogo Jack Tchindje lembra que a França é um dos países de grande dinâmica em termos de visita aos museus, o que prova o quanto os museus nesses países fazem movimentar o turismo e a visibilidade da cultura francesa. Apela às autoridades para a reflexão sobre protecção do acervo da nossa história, já que a dimensão do Louvre, que se supunha ser das mais protegidas, foi transposta.
“As nossas autoridades podem aprender com esse erro, para olhar nas nossas instalações de forma a proteger o acervo”.
Assalto digno de cinema

