A 6.ª edição do Festival de Kizomba terá lugar no próximo sábado, 4 de outubro, na tenda do CCB, promete reviver as grandes memórias musicais que marcaram gerações, trazendo artistas nacionais e internacionais para um espetáculo onde a nostalgia será o fio condutor.
Nuno Freitas, mais conhecido como Nuno Manster e organizador do festival, destacou, na conferência de Imprensa realizada esta quarta-feira no Hotel Monalisa, que esta edição traz uma viagem ao passado: “Vamos ter uma grande nostalgia, vamos viajar no tempo, no passado como se fosse presente. São músicas que marcaram casamentos, que marcaram a vida de muitas pessoas. É isso que o público procura, e nós cumprimos”, afirmou.

Um dos pontos de maior destaque é o regresso do francês Thierry Cham, presença já habitual no evento, cuja carismática performance conquista os angolanos. Para esta terceira participação em Angola, o cantor promete surpresas em palco, deixando até em aberto a possibilidade de arriscar passos de danças nacionais. Cham revelou ainda o desejo de colaborar com a cantora angolana Yola Semedo, lançando o desafio de uma futura parceria musical.
Outra atração internacional é a cabo-verdiana Belinda Graça, que, apesar de já ter estado em Angola há cerca de 20 anos, participa pela primeira vez no festival. A artista mostrou-se entusiasmada em partilhar o palco com músicos angolanos e reencontrar o público local.

Do lado nacional, quatro artistas vão marcar presença, entre nomes consagrados da kizomba e do semba, géneros que continuam a caminhar lado a lado no evento. Nuno Manster sublinhou que o maior desafio da organização continua a ser o pagamento dos artistas internacionais, uma vez que os custos de contratação fora do país representam uma “dor de cabeça” constante.
O festival contará ainda com a participação de Morenasso, professor de dança em França há 18 anos e convidado especial desta edição, que também assume o papel de patrocinador. O coreógrafo destacou a confiança como elemento fundamental para trazer artistas internacionais a Angola, garantindo que, apesar dos contratos no estrangeiro serem mais vantajosos, o carinho e receção do público angolano têm sido determinantes para o regresso de vários músicos.
Com este alinhamento, o Festival de Kizomba reforça a sua identidade de celebração da música e da dança que unem culturas, prometendo a Luanda uma noite marcada pela emoção, pela memória e pela alegria de viver a kizomba em grande estilo.
