Obras que retratam a angolanidade vencem prémio das artes artes visuais e plásti

Pihia Rodrigues
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A obra de pintura, com título ‘Reconexão’, do artista plástico Eduardo da Cruz João ‘Vueza’ e a escultura ‘Mulher Mwila’ de Fernando Dongo José, foram os grandes vencedores da segunda edição dos Prémios das artes visuais e plásticas Embaixada do Reino de Espanha e União Nacional dos Artistas Plásticos.

A gala de premiação aconteceu no auditório do Instituto Sapiens e foi prestigiada pelo ministro da Cultura Filipe Zau e Embaixador do Reino de Espanha em Angola, Manuel Lejarreta, além de diplomatas, empresários e artistas.

A obra ‘Reconexão’, de Vueza, ganhou 2 milhões de kwanzas. Imagem de rosto de uma jovem mulher com olhos futuristas e uma coroa com diferentes figuras que representam poder ancestral, reflecte a ancestralidade africana e angolana particularmente, explicou o autor.

O segundo lugar da categoria pintura foi arrebatada por Victor Samukuenge, com a obra Owiki, (mel em umbundu), ganhou 1 milhão de Kwanzas.

Na categoria de escultura, em primeiro lugar, com 2 milhões de Kwanzas, ganhou Fernando Dongo José com ‘Mulher Mwila’. Retrata o povo Mwila, uma das etnias do sul de Angola. O autor diz que quis eternizar o valor da mulher africana e mulher tradicional. Em segundo lugar ficou Josmani Neto com a obra ‘O guardião’, é edificação de galo, feito com tralhas variadas. A obra é inspirada no despertar do amanhecer todos os dias laborais.

A segunda edição do Prémio de artes plásticas Embaixada de Espanha ensaiou uma nova categoria, a de fotografia, que teve contemplações em menções honrosas.

O ministro da Cultura, Filipe Zau, destacou que a
Cultura começa a ganhar um novo espaço e defende a associação possível da Cultura a educação. “É preciso não apenas educar para o trabalho, mas educar para a cultura. Educar para a cidadania”, diz.
“Devemos nos assumir como africanos, embora estejamos no mundo. Temos que ver África e Angola através dos nossos próprios olhos”, apela.

Para o Embaixador de Espanha, Manuel Lejarreta, promotora do prémio, a Cultura promove o desenvolvimento econômico de uma nação. “A Cultura é uma ponte para as pessoas e um refúgio quando tudo está a falhar”, diz.

O corpo de juri escrutinou 84 obras provenientes de 12 províncias. Foram seleccionados 20 trabalhos. As obras, não sua maioria retratos, foram avaliadas pela diversidade, maturidade estética e um compromisso com a identidade nacional, explicou o juri.

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