O empresário e produtor cultural Henrique Miguel, amplamente conhecido como Riquinho, marcou oficialmente o início da campanha de marketing do Festival Internacional Angola 50 Anos, um dos maiores projetos já integrados às celebrações do cinquentenário da Independência de Angola. A iniciativa pretende reunir no país algumas das maiores estrelas da música africana, num regresso emblemático de Riquinho ao circuito dos grandes eventos, após anos a moldar o entretenimento nacional com produções que marcaram gerações.

Em nota enviada à Revista Chocolate, o empresário refere que este é o tempo indicado para elevar Angola a um novo patamar cultural. “Decidi organizar este festival porque Angola merece um espetáculo de dimensão continental, capaz de homenagear a nossa história e valorizar a nossa cultura”, afirmou. Com uma visão ambiciosa e estratégica, acrescentou ainda que o país vive um momento simbólico em que precisa, mais do que nunca, de se inserir na rota do showbiz mundial: “É o momento ideal — Angola precisa urgentemente entrar na rota do showbiz mundial”.
O festival, que promete ser o maior encontro de artistas africanos realizado num único país, já assegurou presenças de nomes como Davido, Rema, Ayra Starr, Wizkid, Omah Lay, Soraya Ramos, Zara Williams, Pérola, Gerilson Insrael, Infinity, DJ Dólar e Cabo Snoop. Riquinho confirmou igualmente que decorrem negociações com Burna Boy, Tyla e Tems, garantindo que novas confirmações serão anunciadas assim que os processos forem concluídos. A transmissão televisiva internacional já despertou o interesse de diversos canais africanos e americanos, reforçando a projeção global do evento.
Com uma estrutura distribuída em três grandes galas e um dia técnico, o festival antecede o espetáculo principal que terá lugar no Estádio dos Coqueiros, no dia 19 de dezembro de 2025. O calendário inclui:
15 de dezembro – Tyla, Soraya Ramos, Zara Williams e Pérola
16 de Dezembro – Ayra Starr, Rema, Gerilson Insrael e Davido
17 de Dezembro – Tems, Wizkid, DJ Dólar, Cabo Snoop e Tsunami
Os bilhetes estarão disponíveis a partir de 1 de Dezembro, através da plataforma Ingresso Prático e dos pontos autorizados, com modalidades que vão desde Arquibancada a Diamante, garantindo acessibilidade e organização.
Além da celebração histórica, o festival surge como uma aposta estratégica na diplomacia cultural. Para Riquinho, Angola tem potencial para se posicionar como referência africana no entretenimento: “Angola, no showbiz, é como no basquetebol — é a mais titulada de África, mas não tem nenhum jogador na NBA. Vieram ao país algumas das maiores estrelas mundiais, mas os grandes eventos africanos e internacionais não acontecem em Luanda. Está na hora de mudar isso”.
Com mais de 2.500 espetáculos produzidos ao longo da sua carreira, o empresário vê este festival como ponto de viragem. “Vamos mudar o curso e trazer o Afrovision e os maiores festivais mundiais para Angola”, garantiu, acrescentando que esta iniciativa poderá abrir portas para que músicos angolanos atinjam os grandes palcos internacionais, tal como aconteceu com artistas nigerianos.
A celebrar meio século de independência, Angola prepara-se assim para um dos mais impactantes eventos culturais da sua história recente — uma fusão entre música, identidade e projeção internacional, liderada por um dos nomes mais marcantes do entretenimento angolano.

