A moda angolana tem ganhado cada vez mais destaque dentro e fora do país, impulsionada por estilistas talentosos que usam tecidos, cores e padrões locais para contar histórias, afirmar identidades e celebrar a cultura africana. Com criatividade, inovação e profundo respeito pelas raízes, esses criadores estão a transformar o setor têxtil num verdadeiro palco de expressão artística e social.
Nadir Tati – O rosto internacional da moda angolana
Com um estilo inconfundível que une o glamour contemporâneo com influências tradicionais africanas, Nadir Tati é um dos maiores nomes da moda em Angola. Ela já vestiu celebridades, participou de eventos como a Semana da Moda de Paris e é reconhecida pela sua forte representação da mulher africana moderna e empoderada.

Tekasala – Modernidade com herança cultural
O jovem criador Tekasala tem chamado atenção pela forma como reinterpreta elementos culturais de Angola em peças urbanas e ousadas. A sua marca é um reflexo de uma geração que busca afirmar as suas origens com orgulho, sem abrir mão da contemporaneidade.

Rose Palhares – Elegância e sofisticação africana
Rose é conhecida pelo seu estilo sofisticado e por levar a estética africana a eventos de alto nível, como a New York Fashion Week. Com peças que misturam tecidos tradicionais como o samacaca com cortes modernos, ela se tornou uma das principais embaixadoras da moda angolana no mundo.

Weider Silveiro – Um olhar alternativo e inclusivo
Embora mais associado a São Paulo, Weider Silveiro é angolano e tem uma trajetória marcada por coleções que desafiam normas de género, questionam padrões estéticos e propõem uma moda mais inclusiva e plural, com forte ligação às suas origens africanas.

Vieg Yuro – Vanguardismo e provocação estética
Vieg Yuro é um dos nomes mais provocadores da nova geração da moda angolana. Conhecido pelas suas criações arrojadas, com cortes não convencionais, tecidos experimentais e uma estética que mistura o urbano com o ancestral, Vieg é um verdadeiro alquimista visual. As suas coleções frequentemente abordam temas como identidade, liberdade de expressão e espiritualidade africana, desafiando os limites entre arte e moda. Ele representa uma visão ousada e vanguardista do que pode ser a moda feita em Angola sem medo de chocar, questionar ou emocionar.

À medida que o setor se desenvolve, cresce também o papel da moda como agente transformador social, econômico e cultural. Estilistas angolanos continuam a mostrar que vestir-se pode ser um ato de resistência, orgulho e arte.
Texto: Michela Silva