Silencioso, preciso e absolutamente impecável — o ténis é mais do que um desporto. É uma estética que atravessa séculos, moldando estilos, inspirando gerações e redefinindo o que significa elegância em movimento.
Desde as suas origens nas quadras de relva-inglesa, esta prática sempre esteve associada a um universo de exclusividade e tradição. Não é por acaso que o ténis tenha sido, durante décadas, território dos nobres e aristocratas, influenciando não só o comportamento dos jogadores, mas sobretudo como se apresentam: disciplinados, discretos e visualmente refinados.

Foi essa mistura fascinante entre rigor e leveza que despertou o olhar atento da moda. O ténis exige concentração, mas parece flutuar. É meticuloso, mas nunca exagerado. E, assim, tornou-se palco e inspiração para algumas das peças mais icónicas do vestuário contemporâneo: vestidos leves, faixas de cabelo, polos de algodão — como as criadas por René Lacoste, ele próprio uma lenda das quadras.
As saias plissadas, os suéteres com listas e o estilo preppy não surgiram por acaso. São a continuidade estética de um legado clássico. Marcas como Lacoste e Ralph Lauren captaram esta essência e transformaram-na em lifestyle, mantendo intacto o espírito do jogo.
E se há um lugar onde esse código visual atinge o seu auge, é em Wimbledon. O mais antigo — e também o mais rigoroso — torneio de ténis do mundo é uma verdadeira ode ao branco imaculado, ao rigor visual e ao estilo como símbolo de respeito. Ali, o look é lei: vestidos estruturados, polos perfeitamente alinhados, ténis sempre limpos.
Mas não é só em campo que o old money style se manifesta. A plateia de Wimbledon é um desfile silencioso de linho, algodão e tons neutros, onde cada detalhe transmite sofisticação sem esforço. No ténis, cada gesto comunica. O silêncio é coreografado. O que se veste é tão importante quanto a performance.
É precisamente por isso que este desporto continua a servir de inspiração à elite da moda. Não é só uma questão de estilo — é uma herança visual, uma linguagem social, uma afirmação de identidade.
Agora diga-nos: você também se inspira na estética do ténis? Porque, no final, vestir-se como quem joga ténis é mais do que escolher um look. É escolher um legado.




