Num tempo em que o culto à imagem e as dietas rápidas dominam o discurso sobre saúde, a alimentação consciente surge como uma alternativa equilibrada, centrada no bem-estar e no respeito pelo próprio corpo. Mais do que seguir planos alimentares restritivos, trata-se de adotar uma atitude atenta, intuitiva e emocionalmente inteligente relativamente à comida.

Inspirada nos princípios do mindful eating, esta abordagem convida a saborear cada refeição com presença, reconhecer os sinais naturais de fome e saciedade, e evitar padrões de culpa ou restrição. Estudos indicam que a alimentação consciente pode contribuir para a redução do “stress” alimentar, melhoria da digestão e até prevenção de distúrbios alimentares (Harvard Health Publishing, 2020).
“A alimentação consciente não se foca em perder peso, mas sim em restaurar a ligação saudável com o ato de comer”, explica Susan Albers, psicóloga clínica da Cleveland Clinic, especializada em comportamento alimentar.
Além disso, práticas como o consumo sem distrações (como televisão ou telemóveis), a mastigação lenta e a escolha consciente de alimentos nutritivos são elementos-chave desta filosofia, que tem ganhado destaque em várias publicações científicas e plataformas de bem-estar (Journal of Nutrition Education and Behavior, 2016).
Texto: Suzana André