Acorda com o coração acelerado, mas culpas o café. Sente um nó na garganta, mas diz que é somente cansaço. O corpo fala e muitas vezes grita quando a mente não tem coragem de pedir ajuda.
A ansiedade nem sempre se apresenta com alarme. Pode vir camuflada em insónias, irritabilidade, dores musculares, crises de choro silenciosas ou até uma fome incontrolável. São sinais subtis, mas persistentes, de que algo em si está fora de equilíbrio.

Num mundo que valoriza a produtividade acima do bem-estar, é fácil ignorar os alertas internos. Mas é importante reconhecer: ignorar o corpo é permitir que a ansiedade ganhe força em silêncio.
Cuidar da saúde mental não é um luxo, é uma necessidade. Ouvir o seu corpo, respeitar os seus limites e procurar apoio, seja na terapia, na meditação ou num simples momento de pausa, pode ser o primeiro passo para restabelecer a harmonia entre mente e corpo.
Porque, às vezes, a verdadeira força está em parar.
Por: Suzana André