O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres e uma das principais causas de morte por doenças oncológicas em todo o mundo. Embora seja mais frequente no sexo feminino, também pode afetar homens, representando cerca de 1% dos casos, segundo dados do Globocan (2022).
Trata-se de um tumor maligno desenvolvido nas células da glândula mamária, geralmente nos ductos ou lóbulos. Além do impacto físico, esta doença tem um forte impacto emocional e social, por afetar um órgão associado à feminilidade, maternidade e autoestima. Entre os principais fatores de risco estão a idade avançada, o histórico familiar, alterações genéticas, sedentarismo, obesidade e o consumo de álcool.

A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais. A mamografia continua a ser o exame de rastreio mais eficaz, simples, rápido e capaz de detetar lesões ainda invisíveis e não palpáveis. Recomenda-se a sua realização anualmente a partir dos 35 anos. O autoexame da mama, embora não substitua a mamografia, é uma ferramenta importante de autoconhecimento e deve ser realizado mensalmente, permitindo identificar alterações que devem ser avaliadas por um médico.
Em Angola, o cenário é preocupante: segundo o Instituto Angolano de Controlo do Cancro (IACC), registam-se cerca de 3 mil novos casos por ano, sendo que mais de metade é diagnosticada em estádios avançados, reduzindo significativamente as hipóteses de cura.
“Falar sobre cancro da mama é falar de vida, esperança e responsabilidade social. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior é a probabilidade de cura”, afirma Ana Baião, Técnica de Imagiologia no Aliva.
O outubro Rosa é um lembrete poderoso desta causa, mas a prevenção deve ser um compromisso permanente. A luta contra o cancro da mama começa com a consciência individual, passa pelas comunidades e estende-se às instituições de saúde, unindo esforços para garantir que cada mulher tenha acesso à informação, ao rastreio e à possibilidade de cura.
