Cuidar da mente na dificuldade: A importância da saúde mental em tempos de crise em Angola

Suzana André
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Num contexto marcado por desafios económicos, instabilidade social e incertezas políticas, a saúde mental em Angola tornou-se uma preocupação crescente. O impacto da crise manifesta-se não só nas condições materiais de vida, mas também no bem-estar emocional da população. A ansiedade, a depressão, o “stress” e outros transtornos psicológicos têm aumentado, afetando particularmente os jovens, profissionais de saúde, mães solteiras e famílias em situação de vulnerabilidade.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os países em desenvolvimento como Angola enfrentam grandes lacunas na oferta de serviços de saúde mental, agravadas pela escassez de profissionais e pelo estigma social que ainda rodeia o tema. Especialistas locais, como a psicóloga clínica Dr.ᵃ Amélia Maria Mangueira de Almeida, alertam para a importância de criar espaços seguros de escuta, reforçar o apoio comunitário e incluir políticas públicas que promovam o acesso à saúde mental como um direito essencial.

Iniciativas como programas de apoio psicológico em escolas, centros de escuta em igrejas e clínicas comunitárias têm um papel relevante na resposta à crise emocional da população. Organizações como o Ministério da Saúde de Angola e a ADPP Angola têm desenvolvido campanhas de sensibilização e formação de agentes comunitários para responder à crescente procura por apoio emocional.

A saúde mental deve ser entendida como parte integrante da saúde pública. Promover o autocuidado, o diálogo e a empatia, assim como investir em profissionais e estruturas adequadas, é essencial para garantir o equilíbrio emocional dos angolanos e fortalecer a resiliência do país em tempos de crise.

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