O desmame precoce ocorre quando o bebé deixa de ser amamentado antes dos 6 meses de vida, sem qualquer recomendação médica. Apesar de ser uma realidade para muitas famílias, essa decisão nem sempre é consciente ou informada.
Entre as causas mais comuns estão a falta de orientação adequada, dificuldades iniciais na amamentação, o regresso precoce da mãe ao trabalho e até a pressão social sobre o tempo “ideal” para amamentar.

As consequências, no entanto, podem ser significativas: bebés que deixam de mamar antes do tempo recomendado têm maior probabilidade de desenvolver infeções, alergias e apresentar menor imunidade. Além disso, o impacto emocional do desmame repentino pode afetar tanto a mãe quanto o bebé, interrompendo um vínculo essencial nos primeiros meses de vida.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o ideal é que o bebé seja alimentado exclusivamente com leite materno até aos seis meses. A partir daí, recomenda-se que a amamentação continue complementarmente até, pelo menos, os dois anos, juntamente com outros alimentos apropriados à idade.
Promover apoio contínuo, informação clara e políticas que favoreçam a amamentação exclusiva até aos seis meses são passos fundamentais para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos bebés.
Texto: Suzana André