A comunidade cabo-verdiana em Angola celebrou no domingo, 6 de julho, os 50 anos da Independência de Cabo Verde com uma vibrante mostra cultural no emblemático Palácio de Ferro, em Luanda. A iniciativa reuniu centenas de pessoas num ambiente marcado por música, gastronomia, arte e moda que exaltaram a riqueza e identidade do povo cabo-verdiano.

A cerimónia contou com a presença do embaixador de Cabo Verde em Angola, Júlio Morais, e do ministro da Saúde de Cabo Verde, Jorge Figueiredo, para além de altas figuras angolanas, como o ministro da Cultura, Filipe Zau, o chefe da Casa Militar, Francisco Pereira Furtado, o antigo Vice-Presidente Bornito de Sousa, e representantes de partidos como Adalberto Costa Júnior (UNITA) e Mara Quiosa (MPLA).
A programação cultural foi dominada por actuações musicais de artistas como Tito Paris, Carla Moreno, Chinda Duia e a banda Raízes de Cabo Verde, com ritmos tradicionais como o Funaná, a Morna e a Coladeira. A poesia de Amélia da Lomba emocionou os presentes ao homenagear a trajetória de resistência cabo-verdiana.

O evento incluiu também a exposição de artes plásticas “Mátria”, das artistas Leontina Ribeiro e Clara Monteiro, e um desfile de moda temático assinado pelo estilista Rui Lopes, sob o mote “Motivos cabo-verdianos”.
Na sua intervenção, o embaixador Júlio Morais destacou os progressos do país nas últimas décadas, afirmando que Cabo Verde é hoje uma nação democrática e respeitada, graças ao apoio de países irmãos, incluindo Angola. Já o ministro Filipe Zau reforçou os laços históricos entre os dois povos e expressou o desejo de um futuro de cooperação ainda mais sólido.
A celebração foi um verdadeiro hino à cultura e à união entre Cabo Verde e Angola, reafirmando uma irmandade que se mantém viva há gerações.






Texto: Gracieth Issenguele
