Principais instituições de eventos culturais e lazer em Luanda anunciam desde segunda-feira encerramento temporário de actividades até se normalizar a onda de pilhagem e saques de bens que estão a ser protagonizados por jovens manifestantes em diferentes bairros da cidade.

Os efeitos da greve convocada pelos taxistas, embora com focos na periferia da cidade, estão a afetar o lazer e cultura de muitos aficionados, com a interrupção de centros culturais mormente situados na baixa da cidade, sem data prevista para reabertura. O exemplo vem já do emblemático Palácio de Ferro, que já adiantou que a terceira edição da Mostra de Corte e Costura (MOCCO), inicialmente agendada para 31 de Julho à 3 de Agosto, foi adiada para uma data a anunciar.
“Devido à circunstâncias de força maior, não será possível realizar o evento na data inicialmente agendada. Neste sentido, estamos a trabalhar para definir uma nova data que divulgaremos em breve”, diz uma nota enviada à Chocolate Lifestyle.
O Camões – Centro Cultural Português viu-se forçado a adiar o programa Escritor do Mês previsto para esta terça-feira com o autor Fragata de Morais.
“Lamentamos igualmente qualquer transtorno causado e agradecemos a compreensão de todos os que se preparavam para prestigiar este momento especial de partilha literária e reflexão cultural”.
A Fundação Arte e Cultura anunciou encerramento de actividades face à situação actual. “Apelamos às crianças, jovens e à sociedade em geral que frequentam os nossos espaços, para que se mantenham em casa, salvaguardando a sua segurança e bem-estar”, escreveu, agradecendo a compreensão de todos.
O Centro de Ciências de Luanda (CCL), junto ao Fortaleza, e o Instituto Guimarães Rosa, nos Coqueiros, não estão indiferente com o caos. “Devido a imprevisibilidade no acesso de visitantes ao CCL em Luanda, todas as actividades estão encerradas no dia 29”.


Texto: Pihia Rodrigues