Israel Campos, escritor e jornalista angolano, conquistou mais um marco na sua carreira ao vencer a 2.ª edição do prémio de literatura Imprensa Nacional – Casa da Moeda/Angola, com a obra “Baloiço de memória”. Este concurso, dedicado a distinguir trabalhos inéditos no domínio da prosa, celebra a criatividade literária de cidadãos angolanos ou residentes no país há pelo menos cinco anos. Segundo o júri, composto por Aníbal João Ribeiro, Ondjaki e Jorge Reis Sá, a obra destaca-se pela abordagem profunda da memória, da identidade e dos conflitos internos humanos, explorando dinâmicas familiares, sociais e históricas de forma intimista e metafórica.
Além do prémio principal, o júri atribuiu uma menção honrosa à obra “A felicidade é como uma barata na cozinha”, de Fábio Kintosh, elogiando a sua narrativa humorística e crítica social, que conecta os leitores à realidade local através de um vocabulário coloquial e referências culturais angolanas. Israel, que concorreu sob o pseudónimo Ngangula, terá a sua obra publicada pela Imprensa Nacional e receberá cinco mil euros como prémio. A sua trajectória literária e jornalística é marcada por um compromisso com a excelência e inovação, sendo também vencedor do “Prémio Liberdade de Imprensa” em Maio de 2024.
Natural de Luanda, onde nasceu a 5 de Março de 2000, Israel Campos iniciou a carreira aos 12 anos como locutor na Rádio Nacional de Angola. Formado em Jornalismo pela City University of London e mestre em Comunicação Estratégica pela Universidade Católica Portuguesa, o autor construiu um portfólio internacional, com trabalhos publicados em órgãos como BBC, Al Jazeera e Wall Street Journal. A vitória com “Baloiço de memória” consolida a sua posição como uma das vozes literárias mais promissoras de Angola, reafirmando a capacidade de transformar memórias e vivências em arte universal.
Por: Gracieth Issenguele