Vivemos numa era onde os “likes” ditam tendências e os filtros moldam identidades. Mas afinal, o que vemos nas redes sociais é reflexo da realidade ou somente uma máscara cuidadosamente construída?
Plataformas como o Instagram, TikTok ou Facebook transformaram-se em “vitrines” de vidas aparentemente perfeitas. No entanto, especialistas alertam: o excesso de comparação pode gerar frustração, ansiedade e perda da autoestima, sobretudo entre os mais jovens.

Segundo a psicóloga clínica especializada em saúde mental digital, Dr.ᵃ Joana Campos, “as redes sociais podem amplificar inseguranças já existentes, sobretudo quando a comparação constante se torna um hábito inconsciente.”
Já a psicóloga e professora da Universidade Estadual de San Diego, Dr.ᵃ Jean Twenge, autora do livro iGen, investiga os efeitos das redes sociais em jovens e adolescentes. Ela defende que:

“Quanto mais tempo os adolescentes passam nas redes sociais, provável é que apresentem sinais de infelicidade e problemas de saúde mental.”
Ao mesmo tempo, as redes também funcionam como espaço de expressão, empoderamento e conexão global desde que usadas com consciência e equilíbrio.
A questão mantém-se: somos o que mostramos ou mostramos o que queremos ser?
Talvez a resposta esteja em encontrar autenticidade num mundo onde tudo é editável
Texto: Suzana André