Num cenário cada vez mais dominado por ecrãs e interações virtuais, a preservação da autenticidade nas relações humanas tornou-se um desafio urgente. A tecnologia, embora facilite a comunicação e encurte distâncias, também pode criar barreiras emocionais subtis, levando à sensação de isolamento mesmo quando se está “conectado”.
Segundo o especialista em psicologia social Dr. Miguel Azevedo, a chave está no equilíbrio: usar as ferramentas digitais como complemento, e não como substituto, do contacto humano. Gestos simples, como telefonar em vez de enviar apenas mensagens, marcar encontros presenciais e manter o contacto visual durante as conversas, podem fazer a diferença.
Praticar a escuta activa, evitar distrações durante interações e dedicar tempo de qualidade aos outros são atitudes que fortalecem laços e evitam que a comunicação se torne superficial.
No fundo, a tecnologia deve ser vista como uma ponte e não como um muro, um meio para aproximar pessoas, sem perder de vista que nada substitui a presença, o toque e a empatia que só o contacto humano verdadeiro proporciona.



Texto: Suzana André