O promotor de eventos Hélio dos Santos, mais conhecido por Trixu, manifestou o desejo de ver em todas as cidades do País bandeiras que representem a festa Siga La Luna. Em declarações à Revsita Chocolate, Trixu referiu que a ideia é criar uma comunidade.
“Estou a trabalhar em todos os sítios que vão formar a comunidade do Sigala La Luna, ligada, para a gente apaixonar-se mesmo pelo evento”, disse.

Recentemente o promotor de eventos tornou público consecutivamente as criações de bandeiras do Lubango, que é a capital do Siga La Luna, e do Huambo, cada uma delas representando uma marca da cidade em alinhamento ou preservando a identidade visual do festival, que é a Luna, inspirada na máscara cokwe Mwana Pwo.
À Revista Chocolate, Trixu prometeu que estão em criação bandeiras de outras cidades.
“Nós seguimos a luna, mas em cada cidade ela tem uma bandeira. A bandeira é uma forma de identificarmos as pessoas de cada cidade quando estiverem no círculo da lua”, explica.
O promotor justifica a niciativa adoptada do exteriror, onde os foliões levam bandeiras que representam suas cidades ou nações. “É o que vai acontecer aqui também, connosco. É uma forma de produzirmos mais riqueza cultural para nós”, acredita.

Marcas da cidade
A bandeira do Lubango traz como símbolo a Serra da Leba, um dos ícones mais marcantes da história e identidade da Huila. “A estrada que serpenteia entre montanhas e representa não só a beleza natural, como também a força, a resistência e o movimento da nossa gente”. As cores que preenchem a bandeira, explicou, foram escolhidas para reflectir o espírito do Lubango: sereno, mas firme; profundo e acolhedor; e a forte ligação à mãe terra.
A bandeira do Huambo é inspirada no coração pulsante da cidade: a Praça Dr. António Agostinho Neto. Um monumento icônico, esplana, que representa a vitalidade, a memória e a resistência do povo e que ao mesmo tempo é um espaço de convívio, de cultura e de identidade.

‘Siga La Luna’ é um festival ao ar livre, que promove artes e gastronomia, entre outras manifestações culturais, em diversas cidades de Angola, com enfoque na região sul, usa como capa inspirada na máscara da tradição cokwe Mwana Pwo.
O promotor do evento, criado em 2016, Trixu, explica que a ideia surge da necessidade de se transformar as festas, na altura com carácter de sunsets (festas ao pôr do sol) em festival, já que este formato de evento, acrescentou, baseia-se sempre em figuras místicas para contar histórias. E a máscara que o promotor escolheu para representar a Luna (lua) é a Mwana Pwo, que conta várias histórias a cada evento realizado e comunidades que visitam. “Criamos o nosso mito dentro da Luna”, explicou Trixu.
“Normalmente os seguidores guiam-se por uma mística e a nossa é a Lua [representada por Mwana Pwo]”, explicou o promotor.
O nome Siga La Luna, em espanhol, surge da ideia de seguir a lua até ao encontro do sol.
Por Redacção