Em várias periferias de Angola, as iniciativas de base comunitária estão a mostrar que o bem-estar não é um privilégio reservado apenas às grandes cidades ou elites. Apesar das limitações económicas e estruturais, muitos bairros periféricos encontram nas práticas coletivas, tradições locais e redes de solidariedade formas de promover o equilíbrio físico, emocional e social.
Associações juvenis, grupos de dança, aulas de fitness comunitário, hortas urbanas e práticas de autocuidado com base na medicina tradicional são alguns dos exemplos que emergem como resposta criativa aos desafios do quotidiano. Em locais como o bairro Rocha Pinto, em Luanda, jovens promovem aulas abertas de capoeira e yoga, enquanto mulheres organizam círculos de partilha para saúde mental e bem-estar emocional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o bem-estar vai além da ausência de doença, envolvendo fatores sociais, emocionais e ambientais (OMS, 2022). Estudos mostram que a ligação comunitária e o envolvimento coletivo são fundamentais para promover a saúde em contextos de vulnerabilidade (UN-Habitat, 2021).





