O ELA-ESPAÇO LUANDA ARTE abre esta sexta-feira, 19, a Exposição Colectiva com o título “Constelação Angola”, a partir das 18:00.
A Exposição Colectiva reúne nomes incontornáveis e emergentes da arte contemporânea angolana, como Viteix, Maria Belmira, António Ole, Van, Francisco Vidal dos Santos, Nelo Teixeira, Uólofe, Ricardo Kapuka, Yola Balanga, Lord Cave, Alcides Malaika, entre muitos outros que, segundo o produtor e curador Dominick A Maia Tanner “juntos, formam uma galáxia de vozes visuais, expressões críticas e afirmações identitárias. Esta constelação não é apenas um agrupamento de artistas: é o reflexo vivo de meio século de independência, de resistência cultural e de permanente reinvenção criativa.”

Em nota enviada à Revista Chocolate, o responsável continua: “desde 1975, ano da independência, os artistas angolanos têm enfrentado desafios profundos: contextos políticos instáveis, escassez de infraestruturas culturais, dificuldades no acesso a materiais e mercados e falta de políticas culturais sustentáveis. Ainda assim, a resiliência transformou-se em marca, e a arte angolana floresceu com uma força própria. Se, por um lado, a geração pioneira abriu caminhos e construiu narrativas visuais que acompanharam a reconstrução nacional, por outro, os mais jovens trouxeram novas linguagens, experimentações , conceitos e diálogos com a contemporaneidade global.”
Segundo o galerista, “a arte angolana contemporânea é hoje um testemunho de resistência e de afirmação identitária. Ela traduz a luta por memória, a valorização da diversidade cultural e o desejo de projetar Angola de forma local (endógena), e para além das fronteiras (exógena). As obras reunidas nesta exposição são fragmentos luminosos de um mesmo corpo: um país que se revê nos seus criadores, que dialoga consigo próprio e que se abre ao continente e ao mundo.”

Dominick adianta que: “CONSTELAÇÃO ANGOLA” simboliza precisamente isso: um céu de estrelas plásticas que brilham de forma singular mas que, unidas, formam um todo coerente e poderoso. É imprescindível que os angolanos acreditem nesta força criativa, que valorizem os seus artistas e que invistam na sua própria identidade cultural. Cada tela, cada instalação, cada gesto criativo é uma semente de futuro e um acto de soberania simbólica.”
O ´ELA-Espaço Luanda Arte´ é um espaço de arte contemporânea com mais de 9 anos de existência. O ELA mudou de endereço e agora situa-se numa vivenda à frete da Movicel do Chamavo, na rua do libanês. Depois desta inauguração, a exposição poderá ser visitada de terça a domingo das 12h às 20h, ou via marcação, e até 29 de Novembro de 2025.
