No âmbito do Dia Mundial do Turismo e das celebrações dos 50 anos da independência de Angola, no último sábado, Luanda tornou-se palco de um acontecimento histórico: a chegada da exposição internacional “The Mystery Man”, patente no Memorial Dr. António Agostinho Neto. A mostra, que já encantou milhares de visitantes na Europa, apresenta-se como uma das experiências mais comoventes e inovadoras sobre a figura de Jesus de Nazaré, refletida no enigmático Sudário de Turim.

Resultado de 15 anos de investigação científica, artística e forense, a exposição combina narrativa bíblica, achados arqueológicos e tecnologia imersiva, transportando o público pelos últimos dias da vida de Cristo. O ponto alto é a escultura hiper-realista em tamanho real, que reproduz com precisão todas as marcas e feridas do Homem do Sudário, proporcionando uma experiência sensorial que funde história, arte e espiritualidade.
Segundo Francisco Moya, CEO da Óptima Cultura, Angola tornou-se uma escolha natural para acolher esta etapa: “África representa um marco fundamental no percurso da exposição, e a coincidência com o 50.º aniversário da independência confere um valor simbólico ainda maior”. Já Emídio Fragoso, fundador da Xplore Angola, sublinhou que a presença da mostra é também um reconhecimento da capacidade do país em organizar eventos de relevância internacional, reforçando Angola como polo de turismo e cultura.
A visita oficial contou com a presença de altas entidades governamentais e diplomáticas, incluindo o Ministro do Turismo, Márcio de Jesus Lopes Daniel, que destacou a importância da exposição no contexto histórico nacional: “É uma grande honra colocar Angola e África no mapa das grandes exposições mundiais, sobretudo num momento em que celebramos 50 anos de independência”.
Organizada em várias salas temáticas, a mostra alia projeções, recursos audiovisuais e cenários imersivos a objetos históricos, permitindo ao visitante revisitar episódios marcantes como a Última Ceia, a flagelação e a crucificação. Mais do que uma experiência museográfica clássica, “The Mystery Man” propõe um diálogo entre fé, ciência e arte, convidando à contemplação e ao debate em torno de um dos principais enigmas da humanidade.

