Antes mesmo de pensarmos no que queremos comer, o nosso cérebro já fez a escolha por nós. Estudos recentes em neurociência realizados pela Carnegie Mellon University (CMU), nos EUA, revelam que as decisões alimentares são tomadas de forma inconsciente, segundos antes de se tornarem conscientes.
A investigação identificou uma região no córtex visual do cérebro que responde especificamente a imagens de comida, sugerindo que a perceção alimentar envolve mecanismos cerebrais que se ativam antes da escolha consciente.

Isto significa que, quando olhamos para um prato ou abrimos o frigorífico, o cérebro já avaliou com base em experiências passadas, emoções e necessidades fisiológicas o que será mais “recompensador”. A sensação de desejo por certos alimentos, especialmente os ricos em açúcar e gordura, está diretamente ligada ao sistema de recompensa cerebral, responsável por gerar prazer e motivação.
Segundo nutricionistas, compreender este mecanismo é essencial para adotar hábitos alimentares mais equilibrados. Ao tornarmo-nos mais conscientes das nossas escolhas, conseguimos contrariar impulsos automáticos e optar por alimentos que favorecem a saúde e o bem estar.
Em suma, não somos apenas nós que escolhemos o que comemos: o nosso cérebro antecipa, influencia e conduz o processo. A boa notícia é que também é possível “reprogramá lo” por meio de rotinas saudáveis, descanso adequado e uma relação equilibrada com a comida.





