A cada 22 de agosto, celebra-se mundialmente o Dia do Folclore, uma data que atravessa fronteiras e ganha novos significados em cada cultura. O termo foi criado em 1846 pelo escritor inglês William John Thoms, que uniu “folk” (povo) e “lore” (saber) para designar o conhecimento e as tradições populares transmitidas de geração em geração.

Em Angola, esta celebração assume um papel especial. O folclore angolano manifesta-se em danças, músicas, lendas, provérbios, vestuário e na gastronomia típica, compondo um património imaterial que reflete a diversidade cultural do país. Mais do que memória, é um testemunho vivo da identidade nacional, capaz de unir gerações através da preservação das suas raízes.
Estudiosos e folcloristas de todo o mundo têm-se dedicado, desde o século XIX, a registar e valorizar essas expressões populares, garantindo que não se percam no tempo. Em Angola, esta missão é ainda mais urgente, numa era em que a globalização tende a uniformizar hábitos e costumes.

Celebrar o Dia do Folclore é, portanto, reconhecer a importância deste legado na construção da identidade angolana e projetá-lo para as futuras gerações. É um momento de reflexão, mas também de valorização da criatividade e da riqueza cultural que definem o país.
A Revista Chocolate Lifestyle junta-se a esta celebração, destacando a relevância do folclore enquanto expressão maior da alma angolana e reafirmando o compromisso de dar voz e visibilidade às tradições que mantêm viva a essência de um povo.

Texto: Gracieth Issenguele