Foi inaugurada ontem, 24 de abril, no 10.º andar da sede da Africell, em Luanda, a exposição individual “Ango-Metáfora da Morte”, do artista plástico Gegé M’Bakudi. Organizada pela Africell Impact Foundation em parceria com a Maia Tanner, a mostra reúne mais de 15 obras, entre pinturas, instalações e fotografias, e estará patente até 22 de maio.

Numa viagem intensa e emotiva, Gegé M’Bakudi usa a arte para retratar a morte e a sobrevivência sob a lente da realidade angolana, abordando questões socioeconómicas profundas. Segundo o próprio artista, a exposição é resultado de dois meses de dedicação total e visa provocar reflexões sobre o modo como os angolanos resistem, sonham e vivem, mesmo diante das adversidades.
A análise do escritor José Paciência reforça o impacto da mostra, descrevendo as obras como um grito silencioso que denuncia uma rotina mascarada de sofrimento e resistência. Gegé M’Bakudi transforma a dor coletiva em arte viva, pintando um retrato cru de um povo que respira teimosamente e transforma cada cicatriz numa expressão de força e identidade.



Texto: Gracieth Issenguele