A região histórica da Pequena África, no coração do Rio de Janeiro, prepara-se para ganhar uma nova vida cultural. Três projectos liderados por arquitectos negros foram premiados e vão transformar o espaço urbano num verdadeiro museu a céu aberto, valorizando memória, ancestralidade e arte afro-brasileira.

1.º lugar–“Pequena África: Memória Continental”
Assinado pela reconhecida arquiteta Sara Zewde, o projeto aposta em intervenções que conectam o território a uma rede global de narrativas afro-atlânticas.
2.º lugar–“Pequena África: Território Akpalô”
Criado pelos arquitetos Carlos Henrique Magalhães de Lima e Júlia Huff Theodoro, de Brasília, destaca elementos simbólicos africanos e a importância da oralidade (“akpalô”) para contar a história do local.
3.º lugar–“Sankofa e a Trama da Pequena África”
O arquiteto Clovis Nascimento Junior e o escritório Patrícia Akinaga propõem um percurso baseado no conceito de Sankofa, símbolo africano que nos lembra que é preciso olhar para o passado para construir o futuro.
Esta iniciativa é um marco para a valorização do território negro no Brasil e para a integração de práticas culturais africanas na paisagem urbana contemporânea.



Texto: Suzana André