O músico C4 Pedro apresentou no sábado o álbum “Ancestralidade”, no Club S, no embarcadouro do Mussulo, em Luanda. Em entrevista recente à Revista Chocolate Lifestyle, o artista partilhou detalhes sobre a essência deste novo trabalho, que promete ser mais do que música — uma ponte entre o presente e o passado.
Segundo C4 Pedro, “Ancestralidade” é um álbum de fusão, onde o afro house, afro beat, kuduro, música clássica e ritmos tradicionais encontram-se. Mas, acima de qualquer género, o cantor sublinha a importância da mensagem. “O mais importante neste álbum são as melodias, as harmonias ancestrais. É muito africano, é a africanidade, na verdade”, destacou.
artista rejeita a ideia de que este álbum revela apenas uma nova fase da sua carreira. Para ele, trata-se de uma verdadeira transformação pessoal. “Não traz um novo C4, traz uma nova pessoa. O que realmente faz a diferença é a espiritualidade virada para a ancestralidade, e foi isso que mudou tudo na minha vida”, confidenciou.
Sobre as participações, o cantor prefere não destacar nomes, mas sim o coletivo que o inspirou. “Não existem principais participações, toda a participação é especial. Angola toda participou neste álbum, pela forma como sempre me tratou e apoiou-me nestes 18 anos de carreira”, sublinhou, reforçando o caráter comunitário da obra.
Quanto a futuros espetáculos, C4 Pedro garante que um grande show já está a ser preparado. No entanto, a dimensão não será apenas medida pelo espaço ou pelo número de pessoas, mas sobretudo pela “sincronização e conexão entre o público e ele próprio”.
A mensagem final que deixa aos fãs é clara: abertura e aceitação. “Mantenham-se na frequência, não façam resistência. O que é seu está escrito na sua pele. Este álbum vai ajudar cada um a interpretar quem realmente é e a melhorar a relação com Ngana Zambi”, concluiu.
Com “Ancestralidade”, C4 Pedro não apenas lança músicas, mas propõe uma reflexão profunda sobre identidade, espiritualidade e pertença, convidando Angola e o mundo a embarcarem nesta viagem consigo.
