A gala final da terceira edição do Concurso Nacional de Trova, denominada “CantarAgostinho Neto”, decorreu no passado domingo, às 18:00, no Centro Cultural Manuel Rui, no Huambo. O evento foi um marco no calendário cultural do país, homenageando o Poeta Maior e celebrando os 50 anos da Independência Nacional.
Organizada pela União Nacional dos Artistas e Compositores — Sociedade de Autor (UNAC-SA), a iniciativa destacou-se pela promoção do estilo trova, um género musical de grande valor patriótico que tende a desaparecer. Este formato artístico, que eternizou nomes como José e Moisés Kafala, Manuel Curado e Beto Gourgel, ressurgiu como uma ponte entre o passado e o presente, unindo tradição e modernidade.

A competição contou com a participação de concorrentes de várias províncias, como Paixão Panzo (Bengo), João Afonso (Benguela) e Capita Brás (Cabinda). Apesar da ausência de representantes de algumas regiões, como Cuando Cubango e Lundas Norte e Sul, a UNAC-SA garantiu que medidas são tomadas para incluir essas províncias em edições futuras.
O responsável pelo marketing da UNAC-SA, Diogo Sebastião “Kintino”, sublinhou que o concurso não é apenas uma celebração artística, mas também uma chamada à preservação de um segmento cultural que reflete a identidade nacional. A exigência de critérios rigorosos, como filiação à UNAC-SA e cumprimento de regulamentos, reforça o compromisso de profissionalismo e excelência.
O “Cantar Agostinho Neto” não é apenas um evento musical; é um apelo à valorização da cultura e à memória do primeiro Presidente da República de Angola. Com o estilo trova a ocupar o palco principal, a gala foi um verdadeiro tributo ao legado de Agostinho Neto e à riqueza cultural do país.
Por: Gracieth Issenguele